Iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica assume compromisso de zerar desmate ilegal até 2018
Em meio ao compromisso anunciado nesta terça-feira (30) pela presidente Dilma Rousseff de eliminar o desmatamento ilegal no país até 2030, a Fundação SOS Mata Atlântica lançou nesta semana a carta conjunta “Nova História da Mata Atlântica”, documento proposto que apresenta o compromisso de 15 dos 17 Secretários de Meio Ambiente de estados da Mata Atlântica para a ampliação da cobertura florestal nativa e a meta de zerar desmate ilegal do bioma até 2018. Para Mario Mantovani, diretor de políticas públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, é possível zerar o desmatamento ilegal muito antes do prazo defendido pelo governo federal. “Até agora, pelo menos 15 de 17 secretários de meio ambiente de Estados da Mata Atlântica já se comprometeram a zerar o desmatamento ilegal até 2018. Além disso, a meta de restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares é pouco ambiciosa. Apesar de ser uma meta fraca, a realidade atual indica que ainda será difícil de atingi-la”, ressalta Mantovani.
São signatários da carta os secretários de Meio Ambiente dos Estados de Alagoas, Claudio Alexandre Ayres da Costa; da Bahia, Eugênio Spengler; do Ceará, Artur Vieira Bruno; do Espírito Santo, Rodrigo Marques de Abreu Júdice; de Minas Gerais, Luiz Sávio de Souza Cruz; da Paraíba, João Azevêdo Lins Filho; do Paraná, Ricardo José Soavinski; de Pernambuco, Sérgio Xavier; do Piauí, Luiz Henrique Sousa Carvalho; do Rio de Janeiro, André Corrêa; do Rio Grande do Norte, José Mairton França; do Rio Grande do Sul, Ana Maria Pellini; de São Paulo, Patrícia Faga Iglecias Lemos; Santa Catarina, Carlos Alberto Chiodini; e de Sergipe, Olivier Ferreira das Chagas. Não assinaram o documento, mas ainda podem aderir ao compromisso os Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul.
“É fundamental esse compromisso formal dos secretários em defesa da Mata Atlântica, Patrimônio Nacional, que agora precisa ser refletido em ações práticas de conservação da rica biodiversidade do bioma em Unidades de Conservação públicas, com incentivos à criação de mais Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), benefícios a quem preserva florestas naturais por meio do Pagamento por Serviços Ambientais, ICMS-Ecológico e outros mecanismos já existentes no país”, explica Marcia Hirota, diretora-executiva da Fundação SOS Mata Atlântica.
Clique aqui para ler a carta “Nova História da Mata Atlântica”.