Parceria busca encontrar alternativas tecnológicas, logísticas e econômicas envolvendo as embalagens
de vidro em toda a cadeia, da indústria
aos consumidores finais
O Grupo Petrópolis e a Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), lançaram o projeto nacional Missão Estratégica – “Circularidade das Embalagens de Vidro: Alternativas Tecnológicas, Logísticas e Econômicas”, que tem o objetivo de melhorar e aumentar o aproveitamento de vidro em toda a cadeia, desde a indústria até o consumidor. No projeto serão investidos R$ 5 milhões, sendo R$ 4 milhões aportados pela indústria e R$ 1 milhão pelo SENAI.
A chamada está vinculada à Plataforma Inovação para a Indústria, da CNI. O prazo para formação de alianças e submissão de propostas é até 20 de novembro, pela plataforma.
A iniciativa conta com outros apoiadores como a CERVBrasil, Instituto Rever, ABIVIDRO, Hub de Sustentabilidade e Inovação da Universidade Presbiteriana Mackenzie e VidroPorto, que se juntam em busca de soluções para uma série de desafios que o setor cervejeiro tem no que se refere às embalagens dos produtos. O projeto pretende aumentar a retornabilidade e a reciclagem dos materiais, que podem ser usados infinitas vezes, mas cuja efetividade esbarra em obstáculos como a extensão territorial do país, que dificulta a coleta e o transporte dos materiais na logística reversa.
Entre os desafios que o projeto pretende superar estão a busca de alternativas para aumentar a circularidade na cadeia do vidro de embalagens (tecnológicas, logísticas e sustentáveis) onde não existe a facilidade ou viabilidade econômica para o escoamento ou sua reutilização; soluções descentralizadas ou móveis para processamento do vidro; eficiência energética em fornos e soluções compactas; processos para diminuição da geração de gás carbônico (CO2) na cadeia circular do vidro; além de outras alternativas para uso do vidro como matéria-prima.
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O projeto está em linha com a política do ASG&I (ambiental, social, governança e inovação) do Grupo Petrópolis, que reúne responsabilidade com o meio ambiente e neste sentido firma compromisso ambiental que envolve todo o ciclo de relacionamento de negócios, produção e desenvolvimento social.
A missão propõe, ainda, encontrar soluções para ampliar o retorno das embalagens de vidro; construir soluções para aumento do consumo e venda de produtos em embalagens retornáveis, e ainda, levantar alternativas para aumentar a coleta seletiva do vidro em todo o território e proporcionar o retorno de maior volume de cacos para as indústrias reutilizarem.
A intenção é que as soluções envolvam também os consumidores, bares, restaurantes e autosserviço, cooperativas de reciclagem, e municípios e consórcios, startups, mobilizando assim, toda a cadeia envolvida na produção e no consumo de produtos de embalagens de vidro.
“Precisamos estreitar mais esses laços entre empresas e SENAI e criar mecanismos que levem o Brasil ao protagonismo das soluções inovadoras que são criadas e podem ser utilizadas por outros países”, ressalta o diretor de Inovação e Tecnologia do SENAI, Jefferson de Oliveira Gomes.
Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro) apontam que mais de 8,6 bilhões de unidades são produzidas pelo mercado por ano, o que equivale a 1,4 milhão de toneladas do material. A reciclagem do material movimenta aproximadamente R$ 120 milhões por ano no País. Vale lembrar que o vidro demora 5 mil anos para se decompor, mas em contrapartida pode ser reciclado infinitas vezes. Outra vantagem do vidro no processo de reciclagem é que ele pode ser 100% reaproveitado sem perder a qualidade.
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