Qual será o futuro do setor mundial de açúcar?

Evento organizado por consultorias da Inglaterra e do Brasil está programado para o dia 7 de novembro e analisará um cenário marcado por declínio na produção e elevação de preços

AçucarEntender melhor o que acontecerá com os preços, a produção e as transações mundiais de açúcar nos próximos três anos, assim como projetar os efeitos dessas transformações sobre os principais países produtores: Brasil, Tailândia, Índia, China e União Europeia. Essa será a principal pauta de discussões do Seminário Internacional do Açúcar 2016, agendado para o dia 7 de novembro, no Hotel Renaissance em São Paulo, e que reunirá as mais importantes lideranças mundiais na produção dessa commodity, que é uma das mais importantes das transações comerciais em todo o mundo.

“Decidimos promover o evento agora para entender melhor quais serão as implicações nos próximos dois ou três anos do fato de a produção mundial ter sido inferior ao consumo nos últimos dois anos”, explica Martin Todd, diretor-gerente da LMC International, que, junto com a Canaplan, organizam e promovem o evento.

Para Todd, o declínio da produção registrado nos últimos dois anos teve como consequência óbvia uma elevação nos preços, o que tende a incentivar produtores de todo o mundo a expandir suas áreas plantadas de cana e também de beterraba. “As implicações disso para os próximos anos dependerão de como reagirão alguns dos produtores do Brasil, China, UE, Índia e Tailândia”, diz Todd. Exatamente para ouvir dos representantes de cada um desses países o que eles estão pensando sobre o futuro desse mercado é que será promovido o encontro, em São Paulo.

O diretor-gerente da LMC entende que não se deve esperar que o Brasil produza mais no próximo ano e que a expectativa é de que a expansão da safra brasileira seja limitada também nos próximos dois anos. “Isso significa que o impacto que o Brasil pode ter sobre o aumento da oferta de açúcar dependerá dos investimentos dos demais produtores em suas capacidades”, diz Todd. Ele salienta, no entanto, que qualquer aumento na produção de açúcar vai provocar uma inevitável queda na produção de etanol, o que também afetará o abastecimento de combustível no mercado interno brasileiro.

Por fim, o executivo observa ainda que, como a tendência mundial é de contínuo crescimento no consumo de açúcar, alguém terá de suprir essa demanda. “Quanto menos o mercado mundial puder contar com o fornecimento brasileiro, mais o mercado necessitará que outros produtores compensem essa falta”, diz.

Para o evento do dia 7 de novembro, estão confirmadas as presenças de Amporn Kanjanakumnerd, diretor de operações Mitr Phol Sugar, da Tailândia; Thomas Kuhlman, diretor-gerente da Pfeifer & Langen, produtora alemã, que é líder na Europa; Ram Tyagarajan, presidente da Thiru Arooran Sugars, da Índia, e que foi presidente da Associação das Usinas de Açúcar da Índia por três mandatos; William Martin, presidente da National Farmers’ Union, do Reino Unido; Martin Todd, diretor-gerente da LMC International; Gareth Forber, diretor de pesquisa da LMC International; e Mauricio Sacramento, diretor das operações brasileiras da COFCO, um dos maiores conglomerados agrícolas da China.

Ao final dos quatro painéis que compõem o Seminário, haverá uma discussão que contará com as participações de: Fernando Antonio Barros Capa, da Clealco; Jacyr Costa, da Tereos; Luiz de Mendonça, da Odebrecht; Marcelo Andrade, da COFCO; Marcelo Campos Ometto, da Usina São Martinho; Martus Tavares, da Bunge; Pedro Mizutani, da Raizen, além de Luiz Carlos Corrêa Carvalho, da Canaplan, que será o moderador.

Serviço:

Seminário Internacional do Açúcar 2016
Data – 7 de novembro de 2016
Local – Hotel Renaissance – Alameda Santos, 2233 – São Paulo
Horário – das 8h00 às 16h45
Mais informações: www.sugarseminar2016.com/

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