População está optando mais por produtos práticos e indulgentes, como chocolate
Ao olhar os gastos do brasileiro com a cesta básica, é possível notar que o consumo de commodities (especialmente açúcar, café torrado e óleo de soja) caiu 2% em unidades entre janeiro e setembro deste ano em comparação com o mesmo período de 2020. A principal razão para isso está no aumento de 25% no preço dos itens.
A mais recente edição do Consumer Insights – relatório produzido pela Kantar, que contou com a participação de 11.300 lares de todo o Brasil – ainda aponta que a queda está ligada à aquisição de artigos práticos e de indulgência. Prova disso é que itens de mercearia doce (a exemplo de chocolates e biscoitos) cresceram 9,6% em unidades, e de mercearia salgada (como salgadinhos, molhos e massa instantânea) apresentaram alta de 1,6%.
O consumo varia de acordo com o perfil de cada classe. Por exemplo, os que buscam conveniência têm entre 25 e 34 anos e pertencem às classes D e E. Já a busca pelo sabor e prazer é feita principalmente por maiores de 45 anos e da classe C.
Independentemente das escolhas, os bens de consumo massivo (FMCG) apresentaram alta no preço médio. A Kantar dividiu os itens em dois segmentos: os básicos tiveram crescimento de 17% no valor e os indulgentes de 9%. No decorrer de um ano, o energético (+8,1 pontos de penetração), a batata congelada (+6,6 pp), os empanados (+6,6 pp) e o chocolate (+6,1 p.p.) foram os produtos que mais ganharam novos lares compradores.
Na categoria de bebida, refrigerante foi o ítem que mais se destacou durante o terceiro trimestre de 2021. O produto, consumido pelos brasileiros principalmente aos fins de semana e no jantar, apresentou alta em todas as classes sociais: A e B (+9,2 pp), C (+6,7 pp) e D e E (+4,9 pp).
É válido destacar que o consumo em curto prazo está sendo retomado em todas as regiões brasileiras, com alta de 2% em unidades no total Brasil entre o terceiro trimestre de 2020 e o mesmo período de 2021. A Grande Rio foi a principal, com crescimento de 6%. Já a Grande São Paulo, no entanto, aparece no fim da fila, com queda de 2,1%.
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