NotCo desenvolve tecnologia que simula o processo gastrointestinal e gera dados sobre plant-based

Ferramenta ajuda a entender como funciona a digestão de nutrientes e os benefícios
de uma alimentação à base de plantas, permitindo o desenvolvimento de novos produtos

A NotCo, foodtech global referência em alimentos à base de plantas, criou um aparelho que simula o processo gastrointestinal humano, com as suas reações bioquímicas e enzimáticas: o SHIGAD (Simulador Humano Gastrointestinal Dinâmico, em tradução do espanhol), que permite uma análise detalhada da digestão desses alimentos e entrega amostras para estudar como são absorvidas pelo corpo humano, gerando dados importantes para a produção de soluções ainda mais nutritivas.

Em desenvolvimento desde 2021 e agora em pleno funcionamento, o digestor dinâmico in vitro é usado em um laboratório de Nutrição Molecular, localizado na sede da marca, no Chile. Criado por uma equipe liderada pelas cientistas Ana Batista e Sofía Estrugo, o projeto nasceu com o objetivo de expandir os horizontes da indústria alimentícia para além da comercialização, compreendendo como novas ferramentas inovadoras podem ajudar o público a ter uma rotina alimentar melhor.

“A forma como os alimentos são digeridos constitui um importante aspecto nutricional, uma vez que determinará em que medida os nutrientes serão efetivamente absorvidos pelo corpo. Aplicando esse procedimento aos NotProdutos, temos a possibilidade de obter cada vez mais informações para mostrar aos consumidores o real impacto para a saúde da adoção de alimentos plant-based, que contribuem para criarmos produtos ainda mais nutritivos, sustentáveis e saborosos com a ajuda da nossa Inteligência Artificial (IA), o Giuseppe”, explica Batista.

Como funciona o SHIGAD

O SHIGAD é composto por dois compartimentos principais – um recipiente que simula o estômago e outro o intestino delgado – e vários complementares. Dentre esses últimos, estão sensores, sondas, válvulas, entradas, saídas e um software criado internamente, o qual permite a monitorização e controle do processo, bem como o funcionamento do sistema.

Os dois copos de vidro que imitam os órgãos são ligados por uma bomba peristáltica, que move o material do estômago para o compartimento intestinal. Ao fazê-lo, o equipamento é capaz de simular fatores dinâmicos importantes durante a digestão, como o esvaziamento gástrico e as alterações de acidez que ocorrem no estômago. Assim, é possível recolher amostras para serem analisadas e, por fim, gerar dados relevantes sobre a ação digestiva.

A experiência é dividida em três etapas principais: em primeiro lugar, a amostra de alimento que se pretende estudar é misturada com soluções que simulam a saliva, constituindo a fase oral; em seguida, esta mistura, denominada bolus alimentar, é adicionada ao compartimento do estômago e os fluidos enzimáticos e eletrolíticos são progressivamente incorporados, dando lugar à fase gástrica; logo depois, através da bomba peristáltica, o conteúdo do compartimento gástrico passa para o compartimento intestinal, onde se mistura com os fluidos enzimáticos e eletrolíticos intestinais, ocorrendo a fase intestinal.

 

 

Para Estrugo, cada etapa foi planejada com o objetivo de fornecer o máximo de detalhamento possível sobre o aspecto nutricional da digestão dos NotProdutos. “As novas ferramentas tecnológicas são aliadas de praticamente todos os segmentos, inclusive, e principalmente, do alimentício. Por isso, temos a intenção de desenvolver mais soluções inovadoras como essa no futuro, que ajudem a potencializar ainda mais o segmento plant-based”, finaliza.

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