Município mais importante do país com PIB de R$ 571 bilhões
No próximo dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo completa 462 anos. É o município mais importante do Brasil, com PIB de R$ 571 bilhões e população estimada em quase 12 milhões de pessoas, de acordo com dados do IBGE. Apesar de ser o maior PIB do País, a capital paulista vem perdendo participação ano a ano, chegando na última divulgação, de 2013, a 10,7% do PIB nacional, contra 11,1% no ano anterior. O setor de serviços corresponde a 64% do PIB municipal.
De acordo com um estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), se fosse um país, a cidade de São Paulo figuraria entre as 50 maiores economias do mundo. O PIB da cidade dividido pelo câmbio médio de 2013, com o dólar a R$ 2,16, chega ao valor de US$ 264,3 bilhões. Dessa forma, a capital se classificaria – em um ranking fictício – na 43ª posição, entre a Finlândia (US$ 269 bi) e a Grécia (US$ 242 bi), conforme informações do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Varejo paulistano
Segundo a Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), elaborada pela FecomercioSP, o varejo da cidade de São Paulo deve faturar R$ 160 bilhões em 2016, o que significa vendas na casa de R$ 438 milhões por dia – ou pouco mais de R$ 5 mil por segundo. Entretanto, se confirmada a projeção, a cifra será R$ 7,5 bilhões menor do que em 2015.
Já em relação ao emprego, o setor na capital conta com aproximadamente 665 mil pessoas trabalhando com carteira assinada no comércio varejista – o que equivale a aproximadamente 5,6% da população geral da cidade. O segmento de supermercados emprega 30% dos trabalhadores formais do setor, seguido pelo de outras atividades, em que predomina a venda de combustíveis (16%), e pelo de lojas de vestuário, tecidos e calçados (15,5%).
Até novembro de 2015, o saldo acumulado entre admitidos e desligados na cidade é de 14 mil pessoas, o que representa um recuo de 2,1% no estoque total de empregados. Nesse período, os maiores saldos negativos foram observados nos setores de lojas de vestuário, tecidos e calçados (-6.113) e de lojas de eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamentos (-3.082).
Turismo na capital
A crise econômica também esfriou o ritmo dos negócios na capital em relação a feiras e eventos e impacta negativamente sobre os ramos de hospedagem, alimentação, transporte, compras e lazer. No acumulado de janeiro a novembro de 2015, a arrecadação de ISS do setor de turismo paulistano recuou 6,1%, na comparação com o mesmo período em ano anterior – uma perda de pouco mais de R$ 17 milhões de receita, de acordo com dados da Secretaria de Finanças do Município de São Paulo, analisados pela FecomercioSP.
Em paralelo, os três terminais de ônibus rodoviários de São Paulo (Tietê, Barra Funda e Jabaquara) apresentaram, pela primeira vez desde 2009, queda no número de desembarques entre janeiro e novembro de 2015. Dados da Socicam Terminais Rodoviários, disponibilizados pela SPTuris e calculados pela Federação, apontam que, até novembro de 2015, ocorreram 14,9 milhões desembarques, um retrocesso de 1,3% em relação ao ano anterior.
Outro dado que ilustra esse arrefecimento econômico na capital é a taxa média de ocupação nos hotéis na cidade que, segundo o Observatório do Turismo da SPTuris, ficou em 63,16% entre janeiro e novembro de 2015, o que representa uma queda de 3,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. É a menor taxa desde 2009, quando, na mesma base de comparação, a média de leitos ocupados foi de 62,16%.