Gastos são impulsionados por estímulos diversos além da média
A mesa do brasileiro tende a ser mais farta nas festas de fim de ano. Prova disso é que o consumo de mercearia doce, mercearia salgada e commodities apresenta crescimento em dezembro frente aos demais meses. Segundo estudo da Kantar, as categorias tiveram, respectivamente, alta de 12%, 9% e 7% em unidades na comparação entre 2019 e 2022.
A pesquisa também mostra que a recuperação de alimentos no último mês de dezembro ocorreu de forma generalizada, ficando acima de 20% na comparação com os demais meses. Aqui, os destaques vão para os panetones (penetração de 54,3% em 2022), as carnes suínas (50,2%) e as aves comemorativas (6,2%).
Em relação às bebidas, as opções comumente usadas em momentos festivos dentro dos lares se destacam em dezembro. Os energéticos cresceram 51% na variação de unidades entre dezembro e os demais meses no período de 2019 a 2022. Cerveja e refrigerantes apresentaram alta de 28% e 22%, respectivamente.
As compras, por sua vez, foram realizadas, principalmente, nos atacarejos. O canal passou de 17% na importância em unidades em 2021 para 19% no ano seguinte. Vale destacar também que os lares gastaram 26% a mais no último Natal, passando do tíquete médio de R$ 341 em 2021 para R$ 431 em 2022.
Os maiores contribuintes para essa ascensão são os shoppers acima de 50 anos (alta de 13% na aquisição de unidades na comparação entre dezembro de 2021 e o mesmo período de 2022) e as regiões Norte e Nordeste (crescimento de 20%).
“Com base nesses dados, a mesa do brasileiro no Natal de 2023 tenderá a ser mais farta do que nos anos anteriores, impulsionada pela melhora da situação econômica. Comida e bebida ligadas a comemorações devem avançar com mais intensidade que o habitual”, projeta Luisa Teruya, Gerente de Marketing da Kantar.
Fora do lar
As festividades dos brasileiros se estendem para fora do lar. Ao comparar dezembro com os demais meses entre 2019 e 2022, os canais apresentaram alta de 11%. As maiores contribuições vieram dos restaurantes, fast foods e pizzarias (+2%) e dos bares (+2%).
Também contribuem mais intensamente para o consumo em dezembro contra os demais meses o público masculino (+6%), residentes de São Paulo (+5%), classes A e B (+5%) e pessoas acima de 40 anos (+4%).
Fora de casa, os encontros festivos em dezembro privilegiam a combinação de bebidas alcoólicas e salgadinhos, uma vez que a primeira categoria cresceu 23% no período estudado e a segunda, 17%. Aqui, despontam pão de queijo (+40%), batata frita na hora (+37%), kibe (+30%) e coxinha (+22%).
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