Num mercado onde ser especial é quase um sinônimo de ser diferente, a cerveja Weltenburger ganha mercado exatamente por manter as mesmas características desde sua criação em 1050
Com LEONHARD RESCH, mestre cervejeiro da Weltenburger
Como você avalia o mercado de cervejas especiais no mundo? E no Brasil?
Com a globalização, os mercados estão muito parecidos. No Brasil, o consumidor está começando a entender melhor o produto e procurando novos sabores.
O Brasil está mais para a escola alemã ou americana de cervejas?
Sem dúvida, a escola americana. É um estilo mais global de cervejas, com uma tendência para cervejas mais leves e menos amargas.
Quais as tendências do mercado de cerveja para os próximos anos?
O tema cerveja será mais explorado e se falará mais sobre isso, consequentemente, o consumidor entenderá mais de cerveja. E, por isso, será preciso trabalhar mais a marca.
Quais os principais diferenciais da cerveja Weltenburger?
O principal diferencial é a tradição. Weltenburger é produzida desde 1050. Ao longo dos anos vem ajustando a tecnologia, mas não altera sua composição e essa é sua principal característica.
Como funciona a parceria com a Petrópolis?
É uma parceria de 5 anos, onde os cervejeiros estão muito próximos, eles se entendem e a tecnologia ganha com isso.
Como é essa troca de tecnologia?
A Petrópolis precisou alterar alguns equipamentos e tecnologias de produção para fabricar as cervejas Weltenburger como na Alemanha. Equipamentos e matérias-primas foram adaptados para se manter o padrão. Por exemplo, enquanto no Brasil na sala de brassagem a tecnologia utilizada é o processo de infusão, na Alemanha se adota a decocção e, então, ajustou-se o processo na sala de brassagem. As matéria-primas são especificadas pela Weltenburger e importadas da Alemanha. A Lei da Pureza alemã é adotada com rigor.
Como é feito o controle da qualidade e do padrão da Weltenburger produzida no Brasil?
A cada dois anos um mestre cervejeiro da Weltenburger vem ao Brasil para checar o processo e toda a produção da cerveja (4 tipos) e a cada lote envasado amostras e laudos físico-químicos são enviados para Alemanha para controle da qualidade e de suas características.
* LEONHARD RESCH, mestre cervejeiro da Weltenburger
Engenheiro pós-graduado em tecnologia para fabricação de cervejas e bebidas pela Bräustüberl Brauerei Bischofshof, no leste alemão. Graduou-se na Universidade Técnica de Munique – Weinhenstephan. Atualmente, é o mestre cervejeiro responsável pela equipe que lidera a produção da cerveja Weltenburger.