A primeira de muitas

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Com investimentos de US$ 258 milhões e capacidade produtiva de 2,1 bilhões de litros de refrigerantes por ano, nova unidade será a maior planta verde do sistema Coca-Cola no País

Por Carlos Donizete Parra

Thirsty--4d97a8694bbb4_hiresA Coca-Cola FEMSA, maior engarrafadora da Coca-Cola do mundo, iniciou em junho as operações da nova planta de Itabirito, localizada na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais. Com investimentos de US$ 258 milhões, a nova unidade fabril, instalada em uma área de 65 mil metros quadrados, terá capacidade de produção de 2,1 bilhões de litros de refrigerantes por ano e produzirá todos os refrigerantes do portfólio da empresa, ampliando a capacidade instalada atual em 50%.

A nova unidade também demonstra o compromisso da empresa com a sustentabilidade. “A planta passa a ser a maior fábrica verde do sistema Coca-Cola no país. Seguiu normas de construção e operação baseadas na sustentabilidade ambiental, desde a escolha do terreno, considerando a sustentabilidade da localização”, lembra José Ramón Martínez, presidente da Coca-Cola FEMSA Brasil.

Durante as obras, cerca de 70% dos resíduos gerados foram reciclados e só foi permitida a utilização de materiais com baixos índices de Composto Orgânico Volátil (COV), além de madeiras e pisos com certificação verde (FSC e FloorScore).

FotosLecaNovo_018Fábrica verde

Para ratificar essa condição de “fábrica verde” a Femsa Coca-Cola está buscando a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), concedida pela Green Build Council dos Estados Unidos (USGBC), que avalia a eficiência no uso da água, eficiência energética, conservação da atmosfera, utilização de materiais e recursos ambientalmente adequados, qualidade do ambiente interno, critérios de inovação em design e terrenos sustentáveis.

A empresa também investiu pesado na qualidade da água e racionalização desse recurso indispensável na produção do refrigerante. Pensando nisso, instalou um sistema de tratamento da água composto inicialmente por filtros primários que retiram sujidades e particulados maiores e, na sequência, a água passa pelos processos de ultrafiltração, osmose reversa e ultra-violeta.

cocacola_PNG5 copyComo um recurso cada vez mais escasso e caro, a água recuperada ganha importância fundamental para uma fábrica com as características da nova planta de Itabirito. Dessa forma, sistemas modernos de captação e reuso de água mereceram muito estudo e investimentos por parte dos envolvidos no projeto. A empresa dispõe de diversos sistemas de reuso de água, entre eles:

  • o sistema de rainmaker que consiste na recuperação de água da lavadora de garrafas passando por uma ultrafiltração, osmose e UV, permitindo a recuperação de quase a totalidade da água utilizada num dos processos considerados de consumo mais significativos dentro de uma planta de refrigerante;
  • sistema de recuperação de água de contra-lavagem dos filtros de carvão e das ultrafiltrações que são enviadas para um tanque e tratadas na sequência com um filtro autolimpante e ultrafiltração. Também tem o reuso nos processos de sanitização que é realizado automaticamente.

maxresdefaultA captação de água da chuva é feita através do telhado da fábrica com área de 40mil m2, projetado com uma inclinação para que a água escorra para tubos com diâmetro superior a 2 metros e instalados na área perimetral do prédio permitindo aumentar a capacidade total de armazenamento na ordem de 2000m3. A expectativa da empresa é de captar 50mil m3 de água por ano, segundo índices pluviométricos da região.

Outros sistemas implantados pela empresa para reduzir o consumo de água são a utilização de ar ionizado para rinsagem de latas em substituição da água; aircooler para resfriamento dos sistemas de compressão de ar e utilização de efluentes industriais para processos secundários.

Istoe_Fotos_LecaNovo_006Tecnologia de ponta

A Coca-Cola FEMSA trouxe para a unidade de Itabirito todo o conhecimento adquirido pela empresa ao redor do mundo, na construção e operação de fábricas de refrigerantes. “Estamos trazendo aquilo que deu mais certo em outras operações. Isso torna esta unidade muito eficiente e muito competitiva. As melhores tecnologias para eficiência energética (cogeração, energia solar, iluminação natural dentro do prédio da produção) e tratamento de água e efluentes (utilização de água de chuva e água de reuso) estamos implementando aqui”, disse José Ramón.

A fábrica também conta com cuidados com a emissão de gases na atmosfera e otimização de materiais e recursos. “Sustentabilidade é um dos pilares da nossa companhia, por isso desenvolvemos este projeto pensando minuciosamente em cada detalhe, unindo ao máximo a eficiência produtiva com o respeito ao meio ambiente”, conclui José Ramón.

Eficiência energética

Além da energia elétrica fornecida por duas concessionárias da região, a unidade de Itabirito instalou um sistema potente de cogeração de energia. O sistema tem como combustível o gás natural que entra nos motores gerando quase 6 MW de energia elétrica. Segundo Rogério Bessa, gerente industrial da unidade, depois desta fase o calor dos gases de exaustão é aproveitado para a geração de vapor de processo em caldeiras de recuperação. Após esta etapa os gases da caldeira seguem para a usina de CO2, dentro da planta, onde o CO2 é tratado, purificado e armazenado para o processo de produção.

FotosLecaNovo_026Portfólio de produtos

A nova fábrica reafirma a importância do mercado brasileiro para a Coca-Cola FEMSA. Com presença em seis estados, 328 mil pontos de venda, 72 milhões de consumidores e atendendo a mais de 1.750 municípios, cerca de 30% de todos as cidades do país, faz da operação no Brasil a segunda maior da Coca-Cola FEMSA no mundo.

“A inauguração da fábrica de Itabirito é um marco na história da Coca-Cola FEMSA no Brasil. É a primeira construída pela empresa desde que chegou ao país há 12 anos. Fortalece nossa crença e aposta no mercado brasileiro, um dos cinco maiores de refrigerantes do mundo”, afirma John Santa Maria, CEO de Coca-Cola FEMSA.

Nessa primeira etapa, a nova unidade fabricará os produtos carbonatados, refrigerantes em embalagem PET, lata e vidro com linhas de ampla flexibilidade de tamanhos que variam de 200 ml a 3 litros. E, no futuro, existe a possibilidade da nova planta produzir também produtos não carbonatados.

Composta de 6 linhas de envase de última geração, a nova unidade tem capacidade de 2,1 bilhões de litros de refrigerantes por ano. A linha de latas merece destaque com capacidade de envasar 120 mil latas por hora e produzir dois tipos de pacotes ao mesmo tempo. Outro diferencial da área de engarrafamento é a paletização das linhas de retornáveis toda realizada por robôs, e também as linhas de PET equipadas com enchedoras e sopradoras blocadas. As linhas de PET possuem velocidade de 30 mil a 44 mil garrafas por hora de acordo com os formatos.

Coca-Cola-CopaInovações tecnológicas

Inovação importante na área de produção das bebidas é o sistema de minicozinhas instalado na xaroparia. “ Com capacidade de 70 m3 para cada minicozinha, esse sistema possibilita que cada minicozinha seja dedicada a uma linha de envase proporcionando grande versatilidade de produção, maior estabilidade do processo e redução de perdas. É um sistema único no Brasil”, explica Rogério Bessa.

Na parte de estoque, outro diferencial é o LGV (Laser Guide Vehicle) que são empilhadeiras automatizadas (não tripuladas) e guiadas por sensores laser. “Essas empilhadeiras estão comunicadas em um ambiente com um sistema WMS e trabalham de forma automática garantindo precisão e controle do estoque”, diz o gerente industrial da Coca-Cola FEMSA de Itabirito. O LGV pega automaticamente o produto na linha e posiciona o mesmo no estoque no local adequado. Isso é feito para insumos e produtos acabados. São 21 LGV’S com velocidade de trabalho de 10 kms por hora e capacidade de carga de 1700 kgs cada LGV.

coca-cola-bottle-wideImportância para a região

A nova fábrica inicia sua operação contando com o trabalho de cerca de 600 colaboradores, gerando em Minas Gerais aproximadamente 6,3 mil empregos.
“A companhia é consciente do seu papel como dinamizador do desenvolvimento econômico e social do Estado. Um dos melhores exemplos foi o aumento do número de fornecedores mineiros em operações da companhia no estado, que passaram de 6%, antes da implementação da fábrica, para 51%”, revela John Santa Maria.

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“A nova unidade industrial amplia em 50% a capacidade instalada atual”,
explica Carlos Salazar, presidente da FEMSA

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