A data é celebrada no dia 1º de outubro por produtores, coffee lovers e empresários do setor
Nos últimos anos os consumidores tornaram-se mais conscientes e exigentes. O mercado cafeeiro está em ascensão, estimado em US$ 132,13 bilhões neste ano e deverá atingir US$ 166,39 bilhões até 2029, crescendo a um CAGR de 4,72% durante o período de previsão, de acordo com o último levantamento da empresa internacional de pesquisa Mordor Intelligence.
Algumas tendências chamam atenção do mercado como a crescente cultura de consumo da bebida entre a população mais jovem; a procura por cafeterias como locais preferidos de socialização e até mesmo de trabalho; benefícios para saúde; além da preocupação com qualidade e como aquele café foi feito, se é socioambientalmente comprometido. Também percebe-se que a procura por café com leite, expresso e cappuccino, que eram comumente preferidos pelos consumidores, de modo geral, tem mudado nos últimos tempos, a busca por perfis e experiências degustativas únicas, com sabores diferenciados tem ganhado protagonismo.
“As bebidas com notas achocolatadas, que lembram o caramelo e a castanha, formando a base para outros aromas e notas são mais apreciadas, mais gastronômicas e mais gustativas. Dentre as notas secundárias mais apreciadas, está o floral, muito presente no café brasileiro. Notas cítricas e fermentadas (vinhadas) são as menos procuradas no mercado neste momento”, Diz Simão Pedro de Lima, Diretor Presidente Executivo da Expocacer.
Ainda de acordo com Simão Pedro de Lima, a nova geração, compreendida pelas pessoas com faixa etária entre 25 e 30 anos, tem apreciado cafés mais suaves, com bom corpo e notas achocolatadas. “Uma característica significante dessa geração é o interesse pela forma de produção, ou seja, se há respeito pela sustentabilidade socioambiental. Um café rastreável chama mais atenção desses consumidores. Eu diria que a ordem de preferência dessa geração é como e onde foi produzido o café, qual a qualidade, e por fim o preço, diferentemente da geração “tradicional” que a ordem seria: preço, a qualidade e origem”.
A pesquisa da Mordor Intelligence também aponta que há uma tendência de busca por produtos certificados para garantir a credibilidade do café. Os consumidores exigem produtos premium que enfatizem as particularidades. Prevê-se que as inovações tecnológicas, medidas de segurança e as unidades de processamento de alimentos baseadas em máquinas desempenharão um papel essencial na procura de café nos próximos anos.
De acordo com a Expocacer, as perguntas mais frequentes na hora da compra de café são relacionadas à qualidade, regularidade de entrega, preços, origem e forma de produção.
“Nossos cafés possuem diversos selos como regenerativo, baixo carbono, orgânico, entre outros, além de oferecer rastreabilidade, fazendo com que o consumidor saiba de onde vem aquele grão e quem o produziu. A cooperativa envia café para mais de 35 países, os principais destinos são Estados Unidos, França, Bélgica, Japão, Itália, Reino Unido, Espanha e Coreia do Sul”, diz Ítalo Henrique, Diretor Comercial da Expocacer.
A crescente conscientização sobre os benefícios do café para a saúde é um ponto a se destacar também. De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), mais do que nunca, o comportamento do consumidor tem sido impulsionado pela saúde e nutrição. Conforme o último levantamento do Institute for Scientific Information on Coffee (ISIC), as pesquisas online globais por “benefícios de beber café para a saúde” aumentaram 650% nos últimos anos.
“Os produtores de café e as empresas precisam atender as demandas e novas tendências para se manterem competitivos no mercado, sempre comprometidos com o futuro”, finaliza Ítalo Henrique.
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