Novas bebidas com “bolinhas” de sabor aparecem como alternativa
para agradar, principalmente, o público jovem sempre sedento
por novas experiências
Inovação é uma prioridade nas indústrias de bebidas para alcançar uma diferenciação de valor aos produtos capaz de satisfazer os desejos dos consumidores.
A busca por novas bebidas e experiências especiais é constante e entre essas descobertas estão as bubble bevs, bebidas adicionadas com pequenas bolinhas de sabor que flutuam dentro da embalagem.
Populares em países orientais há décadas, ganhou mercado nos últimos anos na Europa e Estados Unidos com os bubbles teas oferecidos nas lojas para consumo imediato. Agora começam a ganhar espaço como industrializados no varejo tradicional e não só como chás mas também em sucos e outras bebidas sem álcool.
Coca-Cola entra na disputa
Sempre atenta às tendências, a Coca-Cola começa a testar esse mercado e, para isso, lançou na Turquia uma linha de sucos com as bolinhas que faz sucesso entre os jovens.
Equivalente às marcas Del Valle (América Latina) e Minute Maid (Europa e Estados Unidos), a Cappy foi a marca escolhida para o lançamento do Boba Juice na Turquia. A marca já está presente em mais de 25 países, inclusive da Europa.
Cappy Bubble é um suco nos sabores manga, morango e abacaxi com pitaya, adicionado de “bolinhas” recheadas com xarope de frutas. Além de sabor e textura, o suco oferece uma experiência inusitada aos consumidores que não só bebem o produto mas também sentem a sensação de estourar e mastigar as pequenas bolinhas.
Por cerca de dois anos, a área de pesquisa e desenvolvimento da Coca-Cola dedicou se para resolver questões técnicas e mercadológicas para o lançamento da bebida.
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Entre os desafios está a criação das pequenas esferas de forma que sejam resistentes aos processos produtivos e logísticos mas que sejam macias para serem estouradas facilmente quando saboreadas pelas pessoas.
Bolinhas de prazer
As “bobas” ou bubbles são esferas delicadas que esticam e estouram quando a pessoa morde ou pressiona com a língua promovendo uma sensação de explosão de sabor. As bolinhas podem ser produzidas de tapioca, gel ou algas marinhas e recheadas de sabores variados.
Desafios técnicos
Diferente dos bubbles teas asiáticos servidos e já consumidos imediatamente nas lojas, as novas bebidas com bobas são produzidas industrialmente para serem consumidas em embalagens (garrafas ou latas), exigindo outras soluções de projeto.
Aparentemente simples, essas bolinhas oferecem desafios complicados durante a produção das bebidas. Precisam ser delicadas para estourarem na boca e, ao mesmo tempo, resistentes para suportarem os processos produtivos e de transporte. Outro fator importante é garantir que o xarope interno das bubbles tenha sabor, mas sejam estáveis para que as esferas não estourem antes ou virem uma massa dentro da garrafa.
Mercado para bubble
De acordo com a Future Market Insights, o mercado global de bubble tea deve passar de cerca de US$ 3,96 bilhões em 2025 para US$ 9,72 bilhões em 2035, um crescimento aproximado de 9,5%. O estudo contempla somente os chás porque o lançamento de sucos com as bubbles ainda é recente e os dados insuficientes.
O mesmo estudo mostra que o segmento Ready-to-Drink (RTD) tem participação dominante: 87,6% do mercado de bubble tea em 2025. Também há previsão de crescimento para inovações em bebidas saudáveis, como “low-sugar”, ingredientes premium e skus personalizados.
No mercado europeu, as projeções indicam que o segmento de bubble tea vai de cerca de US$ 1,054 bilhão (2025) para aproximadamente US$ 2,391 bilhões até 2035. Essa previsão para a Europa reforça que o consumo de bubble tea “pronto” (RTD ou misturas) deve continuar crescendo bastante por lá, especialmente por conta da demanda por bebidas mais inovadoras e experiências novas.
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