E-commerce cresce e atinge mais de 136 milhões de pedidos
O e-commerce nacional faturou R$ 43 bilhões em 2014 e apresentou um crescimento de 26% em relação ao ano anterior, quando o volume de negócios atingiu cerca de R$ 34 bilhões. As informações são da consultoria Conversion, especializada em posicionamento na Internet, que analisou mais de 100 milhões de visitas ao longo dos últimos 12 meses.
A estimativa é que o comércio eletrônico tenha gerado mais de 136 milhões de pedidos no último ano, com um valor médio por compra de R$ 316. Para Diego Ivo, CEO da Conversion, um dos fatores de sucesso do e-commerce foi o bom desempenho apresentado nas datas comemorativas, como o Dia das Mães, a Black Friday e o Natal. “Somente na Black Friday, por exemplo, o e-commerce ultrapassou a marca de R$1 bi em uma única data, um grande recorde do setor”, afirma Ivo, que aposta no crescimento dos negócios na edição de 2015 do evento.
As cinco categorias de mercado que mais geraram negócios foram viagens e turismo, com 15% das vendas do setor. Os eletrodomésticos responderam por 14%, seguido por produtos de informática (11%), cosméticos, perfumaria e bem-estar (10%) e eletrônicos (10%). Já os cinco Estado que mais realizaram compras foram, respectivamente, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
Concentração de compras
Só o Estado de São Paulo é responsável por 50% do total de pedidos e responde por 45% da movimentação financeira nos sites de comércio eletrônico, um montante estimado em cerca de R$19,3 bi. Os fluminenses compraram pouco mais de R$ 6,2 bi e os mineiros, R$ 4,1 bi. Somados, os três estados mais habituados a compras online representaram 69% das vendas. “Descobrimos que as compras pela Internet estão diretamente relacionadas ao PIB de cada Estado”, analisa o CEO da Conversion.
Mecanismos de busca e compras via celular
Em 2014, houve um crescimento de 200% nos acessos a lojas virtuais via celulares e tablets. Esse tipo de visitante representou 20% de todos os acessos a sites de comércio eletrônico, mas, por outro lado, apenas 10% das vendas foram feitas com esses aparelhos. Essa discrepância acontece porque a maioria das lojas virtuais do País ainda não possui versão de suas páginas adaptadas aos dispositivos móveis, além de muitos usuários ainda sentirem mais seguros em comprar pelo computador ou notebook.