Lúpulo brasileiro ganha corpo

Entre as conquistas a serem comemoradas em 2021, sem dúvida o lúpulo é uma delas!

Carlos Donizete Parra

Depois de décadas sendo fornecido exclusivamente por países como Alemanha e Estados Unidos, há alguns anos o lúpulo começou a ser plantado também no Brasil. A entrada de grandes cervejarias como Ambev e Grupo Petrópolis impulsionou a chegada de novos investidores.

A área plantada aumentou em 2021 e várias cervejas foram produzidas em pequenos lotes com o lúpulo nacional. Nos próximos anos, o Brasil deve ganhar escala e melhorar técnicas de cultivo e de colheita, assim como processos de beneficiamento e industrialização.

Importante ressaltar que a qualidade do lúpulo nacional é comparável ao importado, o que nos deixa cada vez mais confiantes por lançamentos de variedades genuinamente brasileiras. Não deixaremos de importar lúpulo, mas teremos variedades com as características do nosso país e que poderão ser utilizadas de acordo com as demandas do consumidor e da indústria brasileira de cerveja.

Dosagem eficiente de lúpulo

Adicionado em vários pontos do processo, o lúpulo entrega características e sabores diferenciados à cerveja. No entanto, os custos elevados do produto exigem eficiência na utilização do lúpulo durante o processo produtivo.

Em palestra recente no Simpósio Ibero Americano do VLB Berlin, a Krones do Brasil apresentou um equipamento de dosagem que solubiliza o lúpulo em água pré-tratada com o objetivo de aumentar o rendimento sem comprometer a qualidade da cerveja. O processo permite a obtenção de valores mais altos de pH com aumento da concentração de alfa-ácidos. Os testes realizados em escala piloto resultaram em uma cerveja de excelente qualidade com adição 32% menor de lúpulo. O dosador da Krones tem previsão de lançamento ainda nesse primeiro trimestre de 2022.

Seguindo a mesma linha de redução de custos sem comprometer a qualidade, outra empresa alemã – a Ziemann Holvrieka – também disponibiliza um sistema de dosagem de lúpulo que possibilita um aumento da taxa de isomerização e a minimização dos custos de produção. Isso tudo sem interferir na qualidade e características sensoriais da cerveja. Nesse momento em que as cervejas especiais ganham destaque no mercado, as indústrias necessitam de tecnologias que possam garantir qualidade e redução de recursos nas linhas de produção. Quer saber mais sobre processos eficientes na indústria de bebidas?

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