Vinho brasileiro ganha espaço

 

Números mostram resultados positivos para vinhos e espumantes no mercado nacional.
Os espumantes cresceram cerca de 60% nos primeiros nove meses do ano e devem ser os protagonistas do ano

Carlos Donizete Parra

 

O Brasil passou a ser o 14º mercado de vinhos mais atraente do mundo, se gundo a Wine Intelligence.

Comparado a 2020, o país subiu 12 posições. A transição para o consumo doméstico, por conta da covid-19, tem grande impacto nesse aumento significativo no último ano. De acordo com a União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA), o aumento no consumo de vinho no país foi de 41,15% em relação ao mesmo período em 2020.

“Vinho pode tudo. E tudo pede vinho”: Campanha da Uvibra-Consevitis-RS exalta bebida nacional

Os bons números de 2020 motivaram a realização de uma nova campanha promocional idealizada pelo Conselho de Planejamento e Gestão da Aplicação de Recursos Financeiros para Desenvolvimento da Vitivinicultura do Estado do Rio Grande do Sul (Uvibra-Consevitis-RS) e desenvolvida pela agência E21, intitulada “Vinho pode tudo. E tudo pede vinho”. A peça principal do conceito foi rodada no Rio de Janeiro e mostra, de forma leve e divertida, brasileiros em situações do dia a dia, em que vinhos e espumantes são sempre excelentes opções para celebrar. O investimento total da campanha é de aproximadamente R$ 5 milhões.

De acordo com o gerente de Promoção para os mercados interno e externo da Uvibra-Consevitis-RS, Rafael Conceição, a estratégia é evidenciar vinhos e espumantes como bebidas que devem estar no cotidiano, desde momentos simples até grandes celebrações. “O vinho brasileiro, que é rico e plural como o nosso País, conquista cada vez mais espaço e se consolida como a bebida do momento, portanto merece ser degustado e celebrado quando, como e aonde for”, enfatiza.

A ação é apresentada em circunstância propícia, quando mais pessoas têm ingressado no mundo do vinho. “O ano de 2020 foi atípico, em função da pandemia, mas comprovou que existe um amplo público, acima de 18 anos, a ser conquistado pelo setor vinícola nacional”, aponta Conceição. Relatório anual da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) mostra que em 2020 o Brasil foi o país que mais cresceu no consumo, cerca de 18,4%, quando comparado a 2019. Dados da Ideal Consulting também reafirmam o bom momento, ao identificar que a comercialização cresceu 31%, saltando de 380 milhões de litros em 2019 para 500 milhões de litros no último ano, o que permitiu elevar o consumo per capita do brasileiro de 2 para 2,6 litros de vinho/ano. Nos últimos 12 meses, de outubro de 2020 a setembro de 2021, o mercado movimentou 492,5 milhões de litros, volume 2% superior ao mesmo período de 2019/2020.

Chegou a hora de brindar!

Em 2020, os eventos foram cancelados, as pessoas ficaram isoladas em casa, as festas e os encontros com amigos foram substituídos por lives. Esta mudança no comportamento refletiu diretamente na retração da venda de espumantes naquele período, enquanto o vinho fino acelerou. Este ano, o retorno dos eventos e a aceleração da imunização já causaram forte impacto na comercialização dos espumantes. Os moscatéis lideram o crescimento com 58,26% entre os meses de janeiro a setembro quando comparado aos nove meses do ano passado e 100,79% no mesmo intervalo de 2019. Apesar de um percentual menor, os espumantes brut também registram resultado positivo com alta de 53,08% em relação ao ano anterior e 38,92% frente a 2019. Estes são os dados oficiais da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), com base no Sistema de Cadastro Vinícola da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul e do Ministério da Agricultura.

“Esperamos que este desempenho persista
e que os brasileiros continuem descobrindo
a produção local”, destaca o presidente
da Uvibra, Deunir Luis Argenta

“O espumante é uma bebida festiva, comemorativa, ideal para brindar e 2020 foi um ano muito triste e difícil em razão da pandemia do Coronavírus. Agora, estamos cheios de esperança, acompanhando uma retomada mais segura. As pessoas querem brindar a vida, o reencontro, as amizades. Assim, as borbulhas voltam a ganhar destaque e o vinho vem mantendo sua performance. Esperamos que esta atuação persista e que os brasileiros continuem descobrindo a produção local”, destaca o presidente da Uvibra, Deunir Luis Argenta.

Com perspectivas de alcançar o desempenho de venda de 2019, com 22,4 milhões de litros de espumantes, a Uvibra está otimista diante da aceleração. A entidade acredita que os 15,6 milhões de litros já vendidos este ano possam chegar ao volume desejado até o final de dezembro. “Se alcançarmos 2019 estaremos felizes. Até aqui estamos superando, mas precisamos confirmar as vendas até o final do ano”, garante Argenta.

A Vinícola Salton registra nos nove meses deste ano um acréscimo de 20% na receita, puxado pelos espumantes. No período, a marca vendeu 1,65 mi de garrafas a mais que em 2020. “Enxergamos um crescimento exponencial dos espumantes, esperando superar o horizonte de 35% até o final deste ano”, projeta o diretor-presidente, Maurício Salton. Os espumantes representam 45% do negócio da Salton.

A Cooperativa Vinícola Garibaldi, que em 2020 registrou crescimento na comercialização de vinhos (20%), frisantes (145%) e espumantes (9%), além de um aumento de 12% no faturamento, prevê encerrar 2021 com um incremento de 30% na venda de espumantes, uma projeção positiva, apoiada nos bons resultados do primeiro semestre do ano. O último trimestre – outubro a dezembro – é um dos mais férteis para a Garibaldi, que espera alcançar 35% do seu faturamento anual neste período, chegando a R$ 220 mi, 17% a mais que no ano passado.

“Acreditamos que este aumento de consumo será mantido se tivermos competitividade diante
de um mercado que não para de crescer”,
Adriano Miolo da Miolo Wine Group

Para Adriano Miolo, Diretor Superintendente da Miolo, o brasileiro descobriu o vinho nacional durante a pandemia. E, hoje, sua percepção da qualidade desse vinho já é outra. “Chegamos a um novo cenário e isso é muito bom. Com a alta do dólar, os rótulos nacionais ganharam competitividade e mais atenção do consumidor, que passa a perceber que qualidade e bom preço andam juntos. Dependendo do momento, temos vinhos e espumantes para todos os bolsos, gostos e estilos. Acreditamos que este aumento de consumo será mantido se tivermos competitividade diante de um mercado que não para de crescer e é movido por novidades”, acredita Adriano.

De acordo com o enólogo da Cooperativa Vinícola Garibaldi, Ricardo Morari, existe um conjunto de fatores que contribuem para o sucesso consistente do espumante nacional. O principal, talvez, seja a adaptação das uvas utilizadas – Chardonnay, prosecco, moscato, riesling, entre outras – ao terroir, ao solo brasileiro e principalmente gaúcho. Esse casamento perfeito, de solo e clima com as frutas, é imprescindível para o resultado final, conforme explica o profissional. “A amplitude térmica, com noites frias e dias quentes, favorecem a maturação lenta das uvas, formando açúcares e degradando os ácidos aos poucos”, explica.

O resultado, também conquistado através de muita pesquisa e inovação tecnológica, é um espumante balanceado, com destaque para a acidez e o alto frescor. “Esses fatores facilitam uma qualidade consistente nessa elaboração da bebida. Independente da safra a gente consegue ter uma qualidade muito regular, muito mais sólida’, complementa.

Desafios do vinho

Mesmo em crescimento, a venda de vinhos finos está mais acanhada. O aumento de janeiro a setembro deste ano em relação ao mesmo período do ano passado é de 9,71%. Já, em comparação a 2019 este percentual sobe para 80,44%, o que demonstra que desde o início da pandemia o vinho brasileiro vem ganhando seu espaço no mercado interno. O crescimento somente não tem sido maior em razão de problemas com a falta de insumos, especialmente garrafas, que tem atingido, também, o suco de uva.

A pandemia de Covid-19 trouxe muitas alterações econômicas, desde a relação com o trabalho, o aumento do home office e a forma de adquirir produtos e serviços, que cresceu (ainda mais) no mundo digital. Para acompanhar esse boom no ambiente digital, as empresas precisam investir em sistemas de e-commerce mais modernos e seguros – que permitam extrair dados sobre a jornada dos usuários e criar experiências de compra ainda mais encantadoras.

“Independente da safra a gente consegue ter uma qualidade muito regular, muito mais sólida”, garante Ricardo Morari, Enólogo
da Cooperativa Vinícola Garibaldi

Estudo da eMarketer, empresa norte-americana de pesquisa de mercado, revela um crescimento de 26,7% no comércio online em 2020, o que representa um movimento de 4,2 trilhões de dólares. Para 2021, a expectativa é que as cifras alcancem cerca de 4,8 trilhões de dólares.

Acompanhar esse mercado em constante evolução é um dos desafios a ser enfrentado pelas vinícolas e demais indústrias de bebidas no mercado mundial. “O setor vitivinícola brasileiro é jovem se comparado ao Velho Mundo. Por isso, considero ainda um desafio fazer o consumidor brasileiro perceber e reconhecer a qualidade do vinho nacional, fato que vem acontecendo nos últimos anos. Se olharmos para outros países vemos uma maior valorização da produção local. Estamos no caminho certo. A pandemia ajudou e muito neste sentido, mas ainda temos um longo trajeto pela frente. Este contato direto com o consumidor também nos mostrou que o preconceito não está nele. Também é importante destacar que estamos ainda descobrindo novos terroirs e o vinho brasileiro não tem uma única identidade devido a essa diversidade única no mundo. Somos um país continental que pode refletir diversas personalidades, não apenas uma. Além disso, claro, a luta por uma carga tributária menos pesada segue na pauta do setor”, explica Adriano Miolo.

Criando experiências

Além dos aspectos relacionados à pandemia, o aumento do consumo de vinhos verificado em 2020 foi consequência também das ações realizadas pelas empresas para aproximar o consumidor ao mundo do vinho. Com a maioria das pessoas presas em casa, foram muito bem-vindas as harmonizações, jantares, cursos e outros eventos online colocando o vinho como protagonista e parceiro em todos os momentos da vida.

Agora, com a situação sanitária mais equilibrada, os eventos presenciais voltam a acontecer e as vinícolas recebem seus visitantes novamente.

Entre essas ações, destaque para a abertura da cave da família Miolo aos visitantes, um roteiro exclusivo para vinhos com Denominação de Origem Vale dos Vinhedos para grupos de oito pessoas.

O patrimônio de 32 safras da Vinícola Miolo está engarrafado e guardado numa sala subterrânea de pouco mais de 10 metros quadrados. Permanecendo fechada praticamente durante todo o ano, a Cave da Família Miolo guarda verdadeiros tesouros. Na nova experiência, o visitante poderá degustar os vinhos com Denominação de Origem Vale dos Vinhedos: Miolo Lote 43, Miolo Merlot Terroir, Miolo Cuvée Giuseppe Cabernet Sauvignon / Merlot e Miolo Cuvée Giuseppe Chardonnay.

“Escolhemos o ‘coração’ da vinícola para degustar vinhos com a legítima tipicidade do Vale dos Vinhedos. Esta experiência vai mudar a percepção de muitas pessoas que terão a oportunidade de conhecer o processo e como esta certificação reconhece um trabalho de anos entre a terra e o homem. É a identidade viva do Vale dos Vinhedos em garrafas de vinhos, resultado que buscamos incessantemente ao longo da nossa história. Investimos tempo e dedicação para poder contar e compartilhar com nossos visitantes o melhor do nosso sonho, hoje realidade”, destaca o diretor superintendente da Miolo.

Cultura e vinho

Outra experiência incrível proporcionada, recentemente, aos apaixonados por vinho aconteceu em São Paulo na Casa de Cultura do Parque sob os cuidados da Chandon do Brasil. A Exposição Casa Chandon teve como temas principais a viticultura, diversidade e otimismo, um projeto assinado por Guto Requena, que traduziu em cores, imagens, texturas e mobiliário o espírito Chandon — alegre, elegante e sonhador.

A preservação do meio-ambiente, um dos principais valores da Chandon norteou a seleção dos materiais utilizados no projeto reduzindo ao mínimo a quantidade de resíduos não recicláveis. Madeira de reflorestamento e tecidos naturais foram utilizados no projeto.

Um tour guiado conduzia os visitantes através de uma imersão cultural nos terroirs Chandon nas Serras Gaúcha.

“Ser sustentável significa atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de também suprirem suas necessidades”, Catherine Petit, Diretora
Geral da Chandon

“Para nós, tudo começa no vinhedo, desde a atenção levada a proteção dos solos, a preservação da fauna e flora até o grande carinho no cultivo das nossas uvas”, diz Catherine Petit, Diretora da Chandon do Brasil.

O destino seguinte não poderia ser outro senão a gastronomia e a degustação de quatro cuvées da linha de espumantes da marca. Uma experiência sensorial captada por sensores cujos dados são processados por computadores, transformados em formas e cores exibidas nos grandes painéis de led que decoravam a sala. Na sequência um brunch temático, além de workshop com drinks a base de espumante preparados por jovens bartenders mostrando a diversidade de perfis que faz parte do DNA da marca.

Sustentabilidade

Fundamental para a condução dos negócios, a sustentabilidade impacta diretamente na escolha das pessoas por produtos e serviços.

Segundo estudo da Kantar, consumidores revelaram grande influência das ações das empresas em suas escolhas. 64% disseram ter parado de comprar produtos e/ou serviços devido ao seu impacto negativo ao ambiente e 68% migraram para outros de impacto positivo. Marcas de bens de consumo massivo que têm boa relação com EcoActives são as que progrediram mais rápido nos últimos anos. No Brasil, de junho de 2020 a junho de 2021, o crescimento delas foi de 51%. Na indústria vitivinícola a sustentabilidade faz parte do dia a dia, gerando ações tanto no cenário ambiental quanto social.

Segundo Catherine Petit, Diretora Geral da Chandon, ser sustentável significa atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de também suprirem suas necessidades. “Isso envolve esforços para que nossas ações impactem o presente de forma que sejam economicamente viáveis, que respeitem o meio ambiente e seus recursos naturais estabelecendo relações de responsabilidade social com todos envolvidos no processo produtivo e que também faça sentido para nossos consumidores, que estão a cada dia mais conscientes do processo de compra”.

Portanto, uma vinícola sustentável deve estender seus cuidados além das uvas e da terra, pois tudo em torno dos vinhedos e de quem trabalha neles ou na adega, influenciam no bom resultado do vinho, no futuro do planeta e das novas gerações.

“Partindo disso, nossa produção respeita alguns requisitos básicos: Cuidado intenso com todo o processo, desde o plantio das uvas até a produção da bebida, prolongamento do uso das terras de cultivo, práticas de agricultura sustentável, como opções de combate naturais a pragas e a utilização mínima de aditivos e conservantes no processamento das uvas. Para produzirmos de forma sustentável também nos atentamos para outros requisitos como o uso inteligente da tecnologia para reduzir o consumo de água, energia e combustível durante todo o processo, bem como a utilização de garrafas mais leves, além de materiais recicláveis e reciclados para as nossas embalagens”, explica Catherine.

A executiva da Chandon explica que desde 2009, 85% das embalagens para remessas e caixas de presente são neutras em carbono. “Nosso fornecedor desses produtos está comprometido com o plantio de uma média de 897 árvores por ano, para neutralizar nossa pegada de carbono. Na vinícola, possuímos um sistema de gerenciamento que permite que nossos resíduos sejam revertidos à indústria e reutilizados. Coletamos nosso lixo, separamos de acordo com cada categoria e o enviamos diretamente para as empresas locais que o reciclam. Mais de 99,34% de nossos resíduos são reciclados dessa maneira, e este número ainda está melhorando. Além disso, em nossos vinhedos trabalhamos para auxiliar na proteção das terras contra a erosão do solo com um programa de cobertura vegetal, no qual culturas como aveia e vegetais de raiz são plantadas entre as fileiras dos vinhedos, contribuindo com nutrientes e encorajando predadores naturais e biodiversidade, além de micróbios e organismos benéficos como minhocas nos solos. Trituramos nossos galhos podados e os incorporamos ao solo, melhorando a drenagem e a saúde. Todas essas boas práticas são também difundidas junto a nossos viticultores parceiros através de um programa permanente de extensão e assistência técnica”, garante Catherine Petit.

Na Vinícola Aurora estamos permanentemente revisando hábitos do dia a dia, desde consumos exagerados até escolhas de fornecedores que respeitem o meio ambiente”, Hermínio Ficagna
Crédito: Wagner Meneguzzi

Fábrica 100% sustentável

Com foco total na sustentabilidade, a Vinícola Aurora conta, atualmente, com uma unidade 100% sustentável. Chamada de Vinhedos, a planta industrial possui área total superior a 24 mil metros quadrados, captação de luz natural, totalmente automatizada e com estrutura para abrigar o crescimento contínuo da vinícola por décadas.

“Podemos dizer que ser sustentável é conseguir produzir sem agredir o meio ambiente, utilizando os recursos naturais oferecidos pela natureza de forma racional e consciente. Na Vinícola Aurora, a sustentabilidade vai muito além de uma simples reciclagem. Estamos muito focados na diminuição do lançamento de poluentes na atmosfera, citando como exemplo o uso consciente da energia renovável, no nosso caso adquirida no mercado livre, além da utilização da água proveniente das chuvas. Estamos permanentemente revisando hábitos no dia a dia, desde consumos exagerados até escolha de produtos de empresas que respeitem os recursos naturais em sua produção”, explica Hermínio Ficagna, Diretor Superintendente da Vinícola Aurora.

Com perfil gastronômico, Aurora Colheita Tardia Tinto, lançamento recente da empresa, harmoniza bem com sobremesas, especialmente as com frutas vermelhas e chocolate
Crédito: Eduardo Benini | Vinícola Aurora

A Vinícola Aurora possui diversas iniciativas que beneficiam não apenas o dia a dia de seus cooperados, mas o futuro do planeta.

“Entre nossas ações de preservação e conscientização, destacam-se iniciativas como a coleta seletiva e gerenciamento adequado de resíduo, o envolvimento do quadro social na separação e coleta das embalagens de agroquímicos, a promoção da educação ambiental através de palestras e assembleias nas comunidades e a redução de impactos ambientais significativos por meio da otimização das etapas do processo”, exemplifica Hermínio Ficagna.

Vinho em lata atrai público jovem

Novos hábitos de consumo são as apostas de algumas marcas para conquistar um público mais moderno e, desta forma, expandir ainda mais o consumo de vinhos e espumantes no Brasil.

“O feedback do consumidor final
e as excelentes taxas de recompra são a confirmação de que estamos no caminho certo”, comemora Jones Valduga, diretor da Becas

Com esses objetivos, Becas, marca de vinhos frisantes em lata da Ponto Nero, completa seu primeiro ano no mercado com um balanço positivo da fase inicial e visando a expansão para outras praças comerciais.

Segundo a empresa, neste primeiro ano, o principal desafio foi trabalhar com embalagens alternativas e utilizar uma linguagem e identidade visual alegre e disruptiva para um setor tão tradicional quanto o de vinhos. “O feedback do consumidor final e as excelentes taxas de recompra são a confirmação de que estamos no caminho certo para construir uma marca sólida e duradoura”, comemora Jones Valduga, diretor da marca. A prova desta afirmação é que hoje Becas pode ser adquirida em mais de 200 pontos de vendas em todas as cinco regiões do Brasil e pelo e-commerce, permitindo que as três versões do produto cheguem em lugares onde ainda não há comercialização em loja física.

Becas completa um ano e mira
na expansão comercial

Disponível em três variações – Joy Blanc, Fun Rosé e Sweet Moscato – e feitas de alumínio com uma camada protetora que não permite alteração no sabor do produto, Becas vem em uma embalagem que permite degustação em dose única de 269ml, transformando-se em uma opção econômica para este público e tornando a experiência de consumo ainda mais descomplicada, afinal, as latas são fáceis de transportar, seguras e garantem o sabor e a qualidade da bebida.

Qualidade e praticidade

A Vinícola Góes também aposta na lata para conquistar esse consumidor sedento por inovação e praticidade, mas que não abre mão de um bom vinho. A vinícola, localizada no interior de São Paulo, lançou a linha de vinhos em lata Sauv, para oferecer ainda mais opções aos fãs da marca e para o consumidor jovem que busca opções com menor impacto ambiental e novas experiências.

Consumidor jovem busca opções com menor impacto ambiental e novas experiências

Sauv (anagrama da palavra uvas). Sauv de Cabernet Sauvignon (rainha das uvas). Sauv incentivando a reclagem e o uso consciente de embalagens como formas de ajudar a “salvar” o planeta. Sauv porque é um “salve” para essa galera que quer novidades alegres, descontraídas, especiais e saborosas.

Para quem aprecia os clássicos, os sabores Vinho Branco Seco BRS Lorena e Vinho Tinto Seco Cabernet Sauvignon prometem agradar. Se a preferência for por frisantes, o Sparkling Sweet Moscato e o Sparkling Rosé são as opções ideais. Toda linha é disponibilizada em latas de 269 ml e com teor alcoólico de 11%.

Os números reforçam a tendência de consumo de vinho entre os jovens brasileiros, que cresceu 38% em 2020, de acordo com uma pesquisa realizada pela Dotz. O crescimento na faixa etária de até 30 anos é quase o dobro da expansão do consumo de vinho pelo público geral, que foi de 20% no ano passado, segundo uma outra pesquisa, da Ideal Consulting.

“Nosso objetivo com esta novidade é descomplicar o vinho para os novos consumidores – jovens ou não – e ampliar as ocasiões de consumo,” explica
Luciano Lopreto, diretor comercial
da Vinícola Góes

Já consolidado nos Estados Unidos e na Europa, o vinho em lata chega ao Brasil com boas expectativas.

“Nosso objetivo com esta novidade é descomplicar o vinho para os novos consumidores – jovens ou não – e ampliar as ocasiões de consumo: em bares, restaurantes, festas, praia, piscina e ficando em casa, com ou sem companhia.” explica Luciano Lopreto, diretor comercial da Vinícola Góes.

Recentemente a Vinícola Góes investiu mais de R$ 4 milhões em pesquisas, tecnologia, equipamentos e variedades de uvas, permitindo o desenvolvimento de quatro sabores do Sauv, sempre com foco na qualidade do produto, possibilitando que o consumidor da marca se sinta confiante para provar a novidade em uma embalagem moderna.

“Por se adequar a diversas situações de consumo, as latas são vistas como uma tendência, com expectativa de crescimento na preferência desse novo público. Hoje, no mundo do vinho, a melhor regra é não ter regras, cada um pode e deve apreciar seu vinho da maneira que mais lhe agrada. Os vinhos em lata trazem um pouco desse modo despretensioso de apreciar e tornar o vinho mais presente no dia a dia das pessoas,” finaliza Lopreto.

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