Apostando em franquias com investimento inicial de R$ 170 mil e produtos de excelência,
a rede curitibana já conta com 225 unidades abertas
O Brasil é o maior produtor de café do mundo, com uma área de 2,24 milhões de hectares de produção do grão, totalizando aproximadamente 50,4 milhões de sacas ao ano. Já quando o assunto é consumo, a região Sudeste do país é destaque neste quesito, sendo responsável por 45% do consumo nacional.
Com a alta demanda, microcafeterias ganharam força nas principais capitais do Brasil e, atualmente, estão se espalhando por todas as regiões, principalmente no modelo “to go”. A rede curitibana Go Coffee nasceu na capital paranaense em 2017 e já conta com 225 unidades abertas em mais de 80 cidades brasileiras. Atualmente, a rede comercializa aproximadamente 2,5 toneladas de café ao mês.
De acordo com o sócio fundador da Go Coffee, André Henning, o modelo de negócio da empresa segue bases internacionais, a partir de estudos de cafeterias americanas e europeias. “Quando a marca surgiu em Curitiba, não tínhamos um café 100% ‘to go’ na cidade, sem nada de louça ou qualquer incentivo para consumir no local”, conta. A primeira loja, localizada no bairro Batel, contou com um projeto de apenas 25m², com cardápio autoral de bebidas e ambiente instagramável, um formato pioneiro no país. “Nos concretizamos como a cafeteria mais cool do Brasil”, comemora.
A expansão da marca teve início seis meses depois com a inauguração de duas novas lojas próprias, também na capital paranaense. Em seguida, foi dado início ao processo de franchising, já com possibilidade de lojas maiores, permitindo à marca oferecer também snacks e petiscos de criações licenciadas para acompanhar o café. “Não expandimos através de uma empresa terceira, mas sim de forma interna. Criamos um modelo de background que desse certo, para só depois dar início ao processo de franchising”, diz Caio Nardes, sócio e CFO da Go Coffee. “Nosso grande diferencial é, com certeza, a não cobrança de royalties”, complementa.
Formato de negócio
Na Go Coffee, o franqueado paga a taxa de franquia para ter o direito de uso de marca, mas não possui qualquer vínculo de mensalidade. A empresa funciona como uma fábrica distribuidora de insumos e produtos, com produção de doces e desenvolvimento de bases para bebidas. “Somos uma das únicas empresas do Brasil que desenvolveu os próprios xaropes e itens de consumo. E isso oferece segurança ao franqueado, porque ele sabe que do Rio Grande do Sul ao Ceará todos estarão com o mesmo muffin, o mesmo cookie e as mesmas bebidas padronizadas”, aponta André Henning.
Além disso, a Go Coffee se compromete em contrato a repassar aos franqueados mercadorias com valor inferior a praticada no mercado. “Comprando mais barato, a lucratividade do franqueado aumenta. E se ele vende mais, eu também vendo mais. Assim conseguimos fomentar uma rede sustentável e de economia circular”, explica.