A TOMRA Sorting Recycling foi uma das empresas participantes da Conferência Europeia de Reciclagem de Plásticos, realizada no final de outubro, em Madrid. “Potencializar a qualidade na linha de classificação” foi o tema da palestra apresentada por Judit Jansana, diretora comercial da TOMRA, mostrando as melhores soluções que podem ser adotadas para recuperação de materiais (MFR, na sigla em inglês) obtendo um produto final que satisfaça e exceda as especificações de qualidade.
O uso da tecnologia de classificação por sensores para incrementar a quantidade e qualidade do plástico recuperado nas linhas de classificação foi o núcleo central da intervenção, que terminou com uma análise sobre as ameaças e oportunidades do setor do plástico.
O equipamentos de classificação da TOMRA dotados de tecnologia de sensores permitem identificar objetos no tapete de transporte, baseando-se na sua forma, tamanho, cor e tipo de material… para separá-los de forma precisa e rápida com jatos de ar ou dedos mecânicos, maximizando assim a eficiência da classificação. Para a classificação dos diversos tipos de resíduos, os equipamentos dispõe de diferentes tecnologias de detecção, como câmaras, sensores raio-X, infravermelhos (NIR), espectrometria visível (VIS), sensores eletromagnéticos etc.
Jansana mostrou possíveis formas de incrementar a quantidade de plásticos a recuperar, aumentando, por exemplo, a recuperação nas próprias plantas de classificação de resíduos especialmente nas plantas de tratamento de restos de fração ou resíduos de massa (plantas de RSU) através da automatização da classificação em todos os fluxos de resíduos ricos em plásticos, para além do normal rolamento do fluxo de balística; e incrementando ainda mais a eficiência com um desenho ótimo dos processos, mediante o uso de equipamentos com simples bloqueadores de válvulas.
Explicou também que é igualmente possível incrementar a qualidade do plástico obtido nas plantas de RSU, estendendo o processo atual com equipamentos de separação automática adicionais para a separação de PET multicapa ou para a classificação por cores (como a separação de PEAD natural do resto das cores, por exemplo), com um adequado desenho das linhas de tratamento, à base de equipamentos com sensores, que permitem separar facilmente o plástico de outros resíduos e classificá-los por tipos, obtendo assim a máxima pureza e qualidade 
técnica exigidas. Com a tecnologia de sensores, é possível retirar os retardantes com base Bromo, conteúdos existentes em muitos produtos plásticos, precedentes dos resíduos elétricos e eletrônicos, hoje proibidos pela norma europeia. Por último, referindo-se ao momento em que vive o setor, a executiva da TOMRA considerou que um dos principais desafios, especialmente no segmento dos RAEE, é garantir a máxima recuperação de resíduos e que recebam o tratamento nos centros de reciclagem adequados, evitando que o processo termine em países em desenvolvimento, onde a saúde e a segurança não são prioridades.
