Queda de 20% na safra de café

A safra brasileira de café para este ano está confirmada em cerca de 49,31 milhões de sacas beneficiadas de 60 quilos, o que representa um decréscimo de 20% em comparação aos números de 2018. É o que indica o 4º Levantamento de Café de 2019, divulgado nesta terça-feira (17), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

A redução deve-se principalmente pela influência da bienalidade negativa do café arábica somada à diminuição da área destinada à produção. A produtividade média é de 27,2 sacas/hectares, 17,8% menor em relação a 2018. Intempéries climáticas ocorridas em regiões de maior produção também prejudicaram o desenvolvimento das culturas.

A área total cultivada chegou a 2,13 milhões de hectares. Em comparação à última safra, houve redução de área tanto para a espécie arábica quanto para o conilon, em um total de 1,2%. Atualmente, cerca de 85% do café encontra-se em produção e 15% em formação.

Com relação à espécie arábica, a produção está fixada em 34,3 milhões de sacas, com uma redução de 27,8%. Já o conilon alcançou 15 milhões de sacas colhidas, com um aumento de 5,9% em relação ao ano de 2018. A área do arábica soma 1,73 milhão de hectares, com uma queda de 0,9%, e a do conilon ocupa 398,8 mil hectares, redução de 2,5%. A maior parte da área é ocupada pela espécie arábica, com 81% do espaço total.

Minas Gerais é o estado que concentra a maior produção do café arábica. Houve diminuição de área nas principais regiões produtoras, como sul, centro-oeste, cerrado, zona da mata e norte do estado. A produção também recuou, chegando a 24,55 milhões de sacas. No Espírito Santo, maior produtor do conilon, ocorreu queda que chegou a 13,5 milhões de sacas e uma produtividade média de 34,27 sacas/hectares.

O efeito da bienalidade negativa afetou inclusive outros estados produtores. Em São Paulo, com predominância do arábica, a produção deve ficar em 4,34 milhões de sacas; Bahia (3 milhões); Rondônia, com destaque para o conilon (2,2 milhões); Paraná (953 mil), Goiás (249 mil); Rio de Janeiro (245 mil); e Mato Grosso (121,4 mil).

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