Região é a 104ª IG atestada pelo INPI no país e a 14 produtora de café
O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) concedeu o reconhecimento de Indicação Geográfica a mais uma região produtora de café no país. Com esse novo registro, o Brasil alcançou a marca de 104 IG, sendo 14 delas destinadas a cafeicultores. A concessão foi obtida pela Associação dos Cafeicultores do Sudoeste de Minas, na categoria Indicação de Procedência. A região se junta agora a outras quatro localidades do estado de Minas Gerais que já haviam sido reconhecidas anteriormente na produção de café: Região do Cerrado Mineiro, Mantiqueira de Minas, Campo das Vertentes, e Matas de Minas. Há ainda a Indicação Geográfica do Caparaó que inclui parte de Minas Gerais e parte do Espírito Santo.
O Sudoeste de Minas produz entre 3 e 4 milhões de sacas anuais, o equivalente a 10% da produção do Estado. A associação engloba 21 municípios e conta com 56 produtores ativos na cafeicultura mineira. Uma das características da região é que as lavouras foram plantadas em áreas planejadas, com altitudes acima de 1 mil metros.
Os produtores haviam feito o pedido de Indicação Geográfica em agosto de 2022, após um amplo trabalho de diagnóstico e de estruturação feito em parceria com o Sebrae. O objetivo da iniciativa era fortalecer a identidade regional, contribuir para o desenvolvimento sustentável da cafeicultura e viabilizar a inserção competitiva dos produtores no mercado global. Com a IG, os produtores querem avançar nos esforços de organização e desenvolvimento do setor.
Para a analista de inovação do Sebrae, Hulda Giesbrecht, a atuação da instituição, em conjunto com as associações de produtores rurais, está transformando a realidade no campo, por meio da ação coletiva com um propósito comum de proteger e promover a região. “O reconhecimento do INPI é um diferencial para o acesso a novos mercados, qualifica a produção com base na origem e agrega valor aos produtos das regiões com Indicação Geográfica. O Programa Sebrae Origens está presente em diferentes segmentos de atividade, como: artesanato, cachaça, mel, frutas, farinha, embutidos, queijo, doces, entre outros”, comenta Hulda.
Para o presidente da associação de produtores, Fernando Barbosa, o reconhecimento do INPI é um marco histórico para a região. “O registro de Indicação Geográfica é não só uma promoção para o nosso produto, mas uma proteção também. Os produtores vão seguir toda a especificação técnica, o que vai assegurar mais controle ao processo. Isso vai inspirar e fomentar uma nova cafeicultura para a região”, avalia o produtor.
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