Por definição, a rastreabilidade é a capacidade de coletar dados sobre qualquer tipo de atividade realizada durante o processo de fabricação de um produto, desde a origem da matéria-prima até a logística de entrega. É um tema amplo que atinge todas as cadeias produtivas interligando indústrias e empreendedores, sejam eles grandes ou pequenos.
Foi neste cenário que o GS1, juntamente com a Climates Ventures, reuniu em sua sede, em São Paulo, representantes do meio acadêmico e governamentais; além de empresas e entidades setoriais, entre outros, para a apresentação do Lab de Inovação em Rastreabilidade que teve como principal objetivo o lançamento do estudo “Recomendações de Políticas Multissetoriais para Rastreabilidade Digital na Cadeia de Alimentos”.
Nessa fase, o projeto pretende avançar no sentido de tornar público tal documento e promover uma discussão mais abrangente entre os diversos setores da sociedade.
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O esboço do documento foi detalhado pela especialista e uma das responsáveis pelo trabalho, Érica Dias, da Climates Ventures. “O trabalho focou nos produtores rurais, mas se estende a toda a cadeia produtiva. Uma questão chave colocada em evidência nas Recomendações de Rastreabilidade é quanto ao compartilhamento de dados. Os produtores ainda têm muito receio em abrir seus dados e ficarem expostos a fraudes e outros tipos de problemas oriundos dessa prática”, explicou Érica Dias.
No debate aberto aos participantes no evento isso ficou ainda mais evidente mostrando a necessidade de regulamentação que possibilite segurança e confiabilidade no tratamento dos dados.
A falta de financiamento para investimentos, assim como a necessidade de treinamento para essas questões foram elencadas como vitais para um programa de rastreabilidade do ecossistema de pequenos e médios produtores rurais no Brasil. A rastreabilidade já é obrigatória para diversos produtos e setores produtivos no Brasil.
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