Grupo Petrópolis é destaque no cultivo de lúpulo no Brasil

Projeto, iniciado em 2018, em Teresópolis, já teve cerca de R$ 5 milhões
em investimentos e está na sexta fase de desenvolvimento

 

 

O Grupo Petrópolis tem se destacado em cultivar lúpulo em território nacional. Não por acaso, obteve o termo de conformidade emitido com o aval do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), além do selo de origem das plantas, em parceria com o Viveiro Ninkasi, em dezembro de 2020. A plantação começou em 2018, com 316 plantas cultivadas na fazenda do grupo em Teresópolis, no Rio de Janeiro. De lá para cá, foram plantadas 10 espécies do insumo, para testar a adaptabilidade. Hoje, já conta com mais de 21 mil mudas em mais de cinco hectares, com 15 cultivares diferentes plantadas. Ao todo, o projeto recebeu R$ 5 milhões em investimentos.

“O mais saboroso é sermos reconhecidos por esse trabalho com o lúpulo no Brasil, de forma natural, orgânica e com muitos esforços. Mostra nosso compromisso com o estudo, de fazer isso dar certo”, afirma Diego Gomes, diretor Industrial do Grupo Petrópolis.

O projeto do lúpulo está dividido em seis fases. São elas: pesquisa, desenvolvimento, produção, produtividade, expansão e processamento.

Para o cultivo, tem sido utilizada a técnica israelense mulching de cobertura de solo, com irrigação automatizada e adubação com insumos naturais e altamente solúveis. Para a ‘tropicalização’ da planta, que é original do Hemisfério Norte, mas vem se adaptando bem ao clima da serra fluminense. Hoje o foco do projeto está nas variedades da planta que se mostraram mais adaptadas ao bioma de Teresópolis, como o Comet, o Cascade Argentino e o Chinook Americano.

Na parte da adubação das plantas, etapa importantíssima do processo, o Grupo criou o Projeto Bokashi, que utiliza um fertilizante orgânico feito na própria fazenda, composto 60% de resíduo da cevada e 40% de farelo de mamona. O resíduo da cevada é proveniente da fábrica da companhia, que fica em frente à fazenda onde se localiza a plantação. Com esse processo de economia circular, a empresa obtém redução de custo com compra de fertilizantes industrializados e melhoria da estruturação física, química e biológica do solo. O fertilizante orgânico é produzido na Fazenda Santa Rosa, localizada ao lado da fazenda São Francisco, onde fica a plantação. Em 2021 foram produzidas 105 toneladas de Bokashi.

“O Brasil é protagonista na história da cerveja do mundo. E por meio de todos esses processos, queremos criar uma cultura de engajamento com produtores locais para fomentar o cultivo de lúpulo no Brasil”, explica Gomes.

Com o cultivo, o Grupo Petrópolis avança no objetivo de colaborar para a evolução do setor cervejeiro nacional, que ainda é muito dependente de insumos importados de modo geral. Por isso a companhia passou a disponibilizar para venda parte do lúpulo cultivado em sua fazenda através do e-commerce Bom de Beer. São vendidas as variedades Cascade, Comet e Triple Pearl com armazenamento em atmosfera modificada para preservar ao máximo os aromas. O próximo passo, ainda em 2022, será comercializar o lúpulo em pellets no próprio site onde também haverá as variedades Chinook e Zeus, além das outras três: www.bomdebeer.com.br

“Hoje, ainda importamos toneladas do insumo da Alemanha, Estados Unidos, República Tcheca, Austrália e outros países. A venda do lúpulo produzido pelo Grupo, no Rio de Janeiro, é um passo gigante para o avanço da indústria cervejeira nacional. Estamos incentivando a produção nacional através do fácil acesso ao lúpulo de qualidade”, complementa Diego.

Parcerias com Universidades — Além da venda do insumo para pequenos produtores, o Grupo Petrópolis também mantém parcerias com a UFRJ e UFRRJ (Rural) por meio de intercâmbio de geneticistas e estagiários dentro da fazenda para estudos e pesquisas com a planta. Existe um projeto de melhoramento genético em parceria com a UFRRJ e outro projeto “fotoperíodo”, para melhorar a produtividade, já que o Brasil tem menos luminosidade do que a planta necessita, e assim melhorar a qualidade do produto final. O projeto de suplementação luminosa já aumentou a produtividade, reduziu a perda de plantas e aumentou as concentrações dos ácidos alfa e beta nas cultivares.

A companhia criou em 2021 um comitê interno de Gestão do Lúpulo, com o objetivo de atender as demandas da safra 2022. Integram esse comitê membros de diferentes áreas da empresa, como laboratórios, controle de produção, sustentabilidade, manutenção, custos, qualidade e melhoria contínua, RH e financeiro. Também realiza periodicamente “Dias de Campo” na fazenda para aproximar produtores rurais locais da cultura do lúpulo, convidando entidades, empresários, investidores, universidades, bancos e autoridades para fomentar os negócios em torno do cultivo.

Em 2020, a cervejaria lançou o seu primeiro produto com lúpulos de plantação própria. A Black Princess Braza Hops é do estilo German Pils, tem corpo leve, cor dourada e espuma densa e intensa.

Em 2021 o Grupo Petrópolis também expandiu a sua plantação de lúpulo para o estado de Minas Gerais, iniciando o cultivo da planta no entorno de sua fábrica na cidade de Uberaba. A primeira colheita do lúpulo mineiro, ainda em fase experimental, foi realizada em novembro de 2021.

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