Mudanças deixam processos mais sustentáveis e reduzem emissões de CO2 em 30%
O aumento da eficiência no processo de fabricação pode contribuir para diminuir o impacto ambiental da indústria e também reduzir a pegada de carbono de produtos finais. Como resultado dos investimentos de R$ 7,1 milhões, realizados entre 2013 e 2015 em sua unidade de eteno verde em Triunfo (RS), a Braskem conseguiu reduzir significativamente as emissões de CO2 na produção de Plástico Verde.
A empresa automatizou processos, implantou aparelhos para a redução de perdas, aperfeiçoou o processo de vaporização do etanol e diminuiu o consumo de combustíveis pelo gerador. Além disso, está desenvolvendo um sistema de reuso de efluentes aquosos para um aproveitamento melhor dos recursos hídricos.
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“Esse é um trabalho de longo prazo e contínuo, que está alinhado com nosso compromisso de desenvolvimento sustentável. Por isso, a Braskem mantém o foco em eficiência operacional, para obter ganhos de processo e competividade, ao mesmo tempo em que gera menos impacto à natureza em todas as gerações da cadeia do plástico”, afirma Gustavo Sergi, diretor de Químicos Renováveis da Braskem.
A preocupação da Braskem com impactos ambientais requer uma constante revisão e aperfeiçoamento dos estudos Avaliação de Ciclo de Vida (ACV). Por esse motivo, a modelagem da ACV do Plástico Verde também foi aprimorada e apontou para uma captura de 2,78 toneladas de CO2 para cada tonelada de resina de origem renovável produzida – o número representa um aumento na captura de carbono na comparação com a medição anterior. O estudo foi realizado pela consultoria ACV Brasil e com revisão técnica de um painel composto pelo Institute for Energy and Environmental Research GmbH (IFEU) e pela Michigan State.
O Plástico Verde já possui certificação de pegada de carbono negativa emitida pela ABNT em iniciativa conjunta com o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio (MDIC), responsável pela implantação da Política Nacional de Mudanças Climáticas em setores industriais prioritários. Esse índice também está relacionado ao modelo usado pela indústria sucroenergética brasileira, cujo plantio da cana-de-açúcar geralmente é feito em áreas de pasto degradadas, o que contribui para a recuperação do solo. Ainda, as unidades produtoras de etanol utilizam bagaço para a cogeração de energia, tornando o processo autossuficiente energeticamente e com exportação de energia elétrica excedente para o Sistema Integrado Nacional.