Redução do poder de compra das famílias impactou o resultado
Maio deste ano apresentou um volume de vendas abaixo dos resultados de 2022, com queda de 7,8%, na comparação ano contra ano, se mantendo em linha com os resultados dos últimos meses e sem mostrar sinais de melhora. É o que aponta a 5ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que apresenta dados mensais de movimentação no setor. O levantamento tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos Estados Unidos. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos a grandes varejistas e divulgar um retrato do varejo nacional.
Entre todos os segmentos, apenas o de artigos farmacêuticos apresentou contínua melhora, com alta de 2,6% no volume de vendas, no comparativo anual.
De acordo com o levantamento, a desaceleração do consumo das famílias nos últimos meses pressionou o comércio varejista. “À medida que avançamos no ano desafiador de 2023, fica evidente a resiliência dos empreendedores no setor de varejo. Diante desse cenário, observamos como eles estão habilmente se reinventando e encontrando soluções criativas para manter sua relevância e tentando transformar as adversidades em oportunidades”, pontua o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli.
Quatro estados registraram alta na comparação ano contra ano: Rondônia (7,2%), Amapá (3,7%), Acre (1,5%) e Espírito Santo (0,9%). O índice reportou queda significativa nas economias de todas as regiões do País. Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a maior queda foi no estado de Goiás (12,6%), Paraná (7,7%), Rio de Janeiro (7,6%) e Rio Grande do Sul (7,3%). No Norte e Nordeste, os estados mais afetados foram Bahia (11,7%), Sergipe (10,1%), Ceará e Rio Grande do Norte (7,8%).