Monjas de Santa Catarina podem ser as primeiras trapistas a produzirem cerveja

Sandra Aparecida Andrade Rosa, Zulema Jacquelin Jofre Palma e Raquel Watzko recebem a doação do primeiro equipamento
do mosteiro de Duan Ceolla, professor da ESCM
Crédito: Divulgação

Duas representantes das Irmãs Trapistas de Boa Vista estão estudando na Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM)
e já existem planos para incluir a cerveja no portfólio da congregação

Já nos primeiros contatos com a bebida artesanal, os apreciadores descobrem a tradição secular das cervejas trapistas. Supervisionados pela Ordem Trapista e produzidos em 11 mosteiros, os rótulos são reconhecidos pela qualidade e pela história. Um movimento inédito inspirado neste contexto pode levar as Irmãs Trapistas de Boa Vista a se tornarem as primeiras mulheres trapistas a criarem e produzirem cerveja. Um único movimento similar aconteceu na Abadia de Maredret, na Bélgica, onde há produção de rótulos criados pelo cervejeiro John Martin.

A comunidade, que fica em Rio Negrinho (SC), já produz chocolates e geleias para comercialização, com o intuito de manter as atividades e apoiar outros espaços no mundo. Para a construção do mosteiro, elas receberam apoio, inclusive, de mosteiros belgas que produzem cerveja.

Foi a partir do contato com estes abades que surgiu a ideia de desenvolver a produção de cerveja para o mosteiro catarinense. A Escola Superior de Cerveja e Malte (ESCM) está subsidiando cursos e equipamentos para dar início ao projeto. Elas já concluíram uma formação à distância e agora estão presencialmente na instituição, em Blumenau (SC), ampliando os estudos.

Zulema Jacquelin Jofre Palma é uma das monjas que está estudando na ESCM. Chilena, ela vive no Brasil há 12 anos e foi pega de surpresa com a missão. “Nós conhecemos e estudamos os mosteiros que produzem cerveja, mas não pensamos que seria possível nos envolvermos nesse projeto. Como gosto muito de estudar, estamos buscando conhecimento para evoluir e apoiar a nossa comunidade e outras comunidades no mundo”, diz.

A monja Raquel Watzko comenta que a cerveja é uma forma de transmitir ao público que a vida monástica também é composta de alegrias. “Quero que, quando provem a nossa cerveja, as pessoas se conectem também com uma visão mais leve e feliz do que significa a nossa vocação religiosa, porque nós somos muito felizes vivendo desta forma”, diz.

A comunidade das Irmãs Trapistas de Boa Vista ainda não faz parte da International Trappist Association (ITA), que designa oficialmente as cervejas trapistas no mundo.

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