Max Wilhelm completa 90 anos investindo na reestilização da embalagem do Laranjinha e em produtos saudáveis
Por Carlos Donizete Parra
Para comemorar 90 anos de história no setor de refrigerantes, a Max Wilhelm, fundada em Santa Catarina, em 1925, relançou seu principal produto – o laranjinha – em embalagem de vidro de 330ml. “Resgatamos parte da história da empresa com o lançamento do laranjinha em embalagem de vidro, trazendo ao povo catarinense essa memória emocional tão gostosa e tão importante para a cultura de uma sociedade”, explica Otávio Greuel, diretor executivo da Max Wilhelm. O executivo é proprietário e filho da família que adquiriu a em-presa dos fundadores ainda na década de 90.
O laranjinha é um refrigerante menos ácido, com sabor mais leve e que faz parte de um portfólio de 12 produtos, sendo três deles lançados no final de 2015, junto com essa reestilização do laranjinha. “Resgatamos também a água tônica em embalagem de vidro e criamos o Citrus. Reformulamos o guaraná extra deixando seu sabor mais parecido com o guaraná tipo tubaína, muito apreciado no interior paulista”, diz Otávio Greuel.
Seguindo a tendência da população pela busca de produtos mais saudáveis, a Max Wilhelm vem ao longo dos últimos anos adequando seus produtos para satisfazer esse desejo dos consumidores. Para isso, criou a laranjinha Premium, um refrigerante com vitaminas e adição de12% de suco de fruta, 20% mais do que a legislação brasileira determina.
“Acreditamos nessa linha de produtos que oferece mais valor ao consumidor, com benefícios para sua saúde e para uma melhor qualidade de vida. As embalagens on the go em formatos menores também são parte de nossos investimentos porque oferecem conveniência e praticidade aos consumidores”, garante Otávio Greuel.
O empresário acredita no crescimento de produtos não carbonatados como sucos, água mineral, chá e néctar. Para ele, as embalagens continuam sendo uma importante ferramenta de marketing e inovação para o setor de refrigerantes. A empresa deve investir, em breve, na adequação de suas linhas de envase PET para utilização das “tampas baixas”, que segundo o executivo causam mais impacto junto ao consumidor e, atualmente, já possuem custo-benefício atrativo para os fabricantes de refrigerantes regionais.
Um grande desafio continua sendo a elevada carga tributária, além da consolidação do mercado que deu ainda mais poder aos grandes fabricantes de refrigerantes.
“As empresas regionais precisam de uma redução dos custos tributários, tem que haver uma equiparação fiscal entre grandes e pequenos fabricantes de refrigerantes. Essa centralização de poder foi muito ruim para os setores de refrigerantes e cervejas. Esse lucro vai para outros países, não gera renda para o Brasil. Esse modelo de negócios não valoriza as empresas regionais e ocasiona mais desemprego”, critica Otávio Greuel.
A Max Wilhelm produz cerca de 150 mil pacotes de 2 litros (oito unidades) por mês em uma área industrial de 10 mil m2. Possui duas linhas de engarrafamento de PET de 42 válvulas com velocidade de 6 mil gar./hora de 2 litros, e uma linha de engarrafamento de vidro de 42 válvulas. A empresa deve investir em uma linha de água mineral assim que o processo de lavra for aprovado pelo DNPM. São 5 poços artesianos em uma área preservada de 290 mil m2.
