O futuro na BrauBeviale

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O futuro da indústria de bebidas chegou e, sem dúvidas, ele passa por soluções que envolvam flexibilidade e a rápida resolução de problemas relacionados ao dia a dia. Num cenário altamente competitivo, as empresas precisam de emergência nessas questões para atender as exigências de seus consumidores. A BrauBeviale, realizada entre os dias 8 e 10 de novembro, em Nuremberg, na Alemanha, apresentou novidades que podem contribuir com essas questões. O movimento craft beer foi uma das estrelas da feira, praticamente todos os estandes destacavam algum lançamento para essa indústria. No Craft Beer Corner, espaço criado pela feira para reunir os apaixonados pela cerveja artesanal, os visitantes puderam participar de degustações guiadas por sommeliers premiados, além de experimentar mais de 250 tipos de cervejas de cerca de 20 países diferentes. Isso sem contar com a oportunidade de trocar informações sobre as principais tendências do setor com mestres cervejeiros e especialistas da área. Entre as cervejas disponíveis, variedades exóticas, como uma cerveja produzida com melão defumado e uma ale de pepino. Para os mais tradicionalistas era possível degustar uma weiherer weizenbrau ou uma Bavarian Craft Bock.

2016_brau_1551_TMelhores cervejas do mundo

A cerimônia de apresentação das cervejas e cervejarias vencedoras do European Beer Star e o jantar dos campeões fazem parte dos eventos paralelos mais aguardados da BrauBeviale. Com início em 2003, o European Beer Star transformou-se em um dos principais concursos cervejeiros do mundo e um objeto de desejo e de promoção de cervejarias do planeta. O crescente aumento de competidores culminou com a participação este ano de 2103 cervejas de 44 países, crescimento de 7% comparado com o ano anterior. Os vencedores nas 57 categorias foram selecionados por um júri de 124 especialistas de 30 países em provas de degustação às cegas realizadas em outubro. O maior número de medalhas no conjunto geral foi conquistado pela Alemanha(69), enquanto os Estados Unidos obtiveram o melhor desempenho em medalhas de ouro (17), seguido exatamente da Alemanha com 16 e pela grande surpresa desta edição do concurso, a Itália, com 10 medalhas de ouro. A Itália ganhou também o prêmio de Cerveja Favorita do Consumidor (mais de 5 mil visitantes degustaram as melhores cervejas durante o primeiro dia da feira) sendo a escolhida a cerveja MC77 do Birrifício Artigianale, uma Witbier, estilo belga.2016_Brau_3886_F
Entre as cinco medalhas de ouro estão as cervejas: Ottakringer Helles, da Áustria; Erlkonig Festbier, e Schimpf Weizenbock, ambas da Alemanha, e completando o Top Five duas italianas, a Fleur Sofronia e a Calibro 7. O Brasil foi premiado com medalha de bronze na categoria Cerveja envelhecida e de barril, com a cerveja Reserva do Proprietário, da Cervejaria Backer, de Belo Horizonte, Minas Gerais.
A cervejaria mais premiada de 2016 é a Ballast Point Brewing Company de San Diego, Califórnia, que recebeu 3 medalhas de ouro e 1 medalha de prata. Outra cervejaria que fez história no European Beer Star foi a Austrian Ottakringer Brewery de Viena. “O European Beer Star é uma história de sucesso fenomenal entre esse tipo de competição”, disse Oliver Dawid, CEO da Private Brauerein Bayern, associação das cervejarias independentes da Bavária, responsável pela organização do evento. “ O número de cervejas inscritas no concurso dobrou nos últimos seis anos”, finalizou o executivo.

2016_brau_0751_TNovidades da feira

Tradicionalmente, o setor cervejeiro sempre foi um dos mais importantes da feira e, neste ano, as cervejas artesanais receberam bastante atenção dos expositores. O negócio movimenta um grande número de pequenas empresas e uma cadeia de fornecedores com um portfólio de produtos bastante diversificado. Todos querem participar, mesmo que as receitas não sejam ainda tão expressivas, as empresas estão de olho no potencial que esse mercado representa.

Por isso, a maior parte dos estandes trazia algum tipo de lançamento para esse público. A KHS, fabricante tradicional de linhas completas para envase de bebidas, apresentou a enchedora Innokeg AF1 de uma só válvula com capacidade acima de 50 kegs por hora que pode ser operada via iphone ou ipad, facilitando o controle e reduzindo custos com painéis e outros acessórios. A ideia é possibilitar o acesso dos pequenos cervejeiros a um equipamento confiável, com boa tecnologia e extremamente versátil para esse público. A linha Innokeg da KHS possibilita outras combinações passando pelo modelo AF1 C1 que inclui enchedora e lavadora até uma Combikeg R5, modelo mais avançado, totalmente automático, com lavadora e enchedora para capacidades de 60 a 90 barris por hora(dependendo da configuração e do tamanho do keg), podendo ser integrada a um sistema de transportadores, inclusão de cabine e outras opções para facilitar e agilizar o trabalho do cliente. É de fácil operação e manutenção. Pode ser utilizado para kegs retornáveis e não retornáveis. O sistema modular e bastante compacto permite aos novos cervejeiros aumentar a capacidade (incluindo mais válvulas de enchimento) dos equipamentos de acordo com o aumento de suas demandas, sem investimentos muito elevados. Conforme a cervejaria vai crescendo novos módulos vão sendo incorporados para o aumento da produção.

IMG-20161125-WA0025Esse parece ser um dos principais desafios da indústria de equipamentos para craft beers, desenvolver soluções com alta tecnologia para escalas reduzidas de produção, e que sejam economicamente viáveis para esses empresários. Estamos falando em reduzir a velocidade das linhas de keg, em alguns casos, de cerca de 1200 barris por hora para algo em torno de 30 barris por hora. Um desafio e tanto para as grandes fabricantes de equipamentos que quiserem participar desse mercado.
Seguindo essa tendência, outro grande fornecedor da indústria de bebidas, a Krones, apresentou o BEVkeg, sistema desenvolvido em parceria com a Micro Matic. O BEVKeg proporciona maior segurança para os fabricantes de cerveja no ponto de venda, reduzindo riscos de contaminação do produto, aumentando o consumo de chope, principalmente em países como o Brasil onde a logística é complicada e os custos muito elevados para um serviço de qualidade. O keg utilizado é de PET com barreira de 20 litros não retornável. Tanto as embalagens como o sistema de envase são fornecidos pela Krones com capacidade de engarrafamento de 60 a 240 embalagens por hora, podendo também fornecer as linhas customizadas de acordo com as necessidades dos clientes. Entre as principais vantagens estão a facilidade de operação e manuseio no ponto de venda, garantia de entrega de um produto fresco e seguro para o consumidor final, o que segundo um executivo de uma grande cervejaria brasileira que estava visitando o estande da Krones na feira é o ponto principal e que pode definir a compra do produto pela empresa no Brasil. “ A segurança desse sistema é que chamou nossa atenção já no ano passado quando foi lançado, e de lá para cá foram feitas algumas alterações em válvulas de segurança que melhoraram ainda mais o produto aumentando a confiabilidade. Isso facilita nossa logístiaca e garante um produto seguro no ponto de venda, que é nosso principal objetivo no serviço de venda de chope”, explicou o executivo brasileiro.

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Com participação expressiva no setor cervejeiro, a GEA mostrou aos visitantes o Hopstar Dry, um sistema de extração de lúpulo que proporciona perdas reduzidas e obtenção de aromas distintos ao mosto. Totalmente automatizado e com design higiênico, o sistema permite a utilização do lúpulo em pellet ou em cone de acordo com as suas características e variedades. Isso assegura a qualidade e homogeneidade dos aromas que são transferidos ao tanque de armazenagem. O equipamento é de fácil instalação e operação. A GEA apresentou ainda para os pequenos cervejeiros a linha de centrifugas “plug & brew” com variações de capacidade de 20 hl/h até acima de 180hl/h com construções compactas, permitindo a redução dos tempos de produção e otimização dos processos sem interferência negativa na qualidade do produto. A excelência na tecnologia de separação e clarificação proporcionam uma garantia de que o cervejeiro conseguirá obter mais cerveja tanto antes como depois da fermentação.

2016_brau_0237_TÚnico expositor genuinamente brasileiro presente na feira, a Liess Máquinas e Equipamentos também apresentou uma nova tecnologia para os cervejeiros artesanais, uma linha de Blocos de Brassagem, com capacidade de 30hl e 50hl por fabrico. Segundo o superintendente da Liess, José Luiz Raymundo, a empresa detectou uma carência nesse mercado para equipamentos com tecnologia que garantam alto rendimento do processo e repetibilidade da cerveja produzida. “ A partir daí desenvolvemos uma solução com base em nossa tecnologia e experiência no fornecimento de salas de brassagem para as maiores cervejarias do Brasil”, explica o executivo. A empresa completou 70 anos de atuação no mercado brasileiro de máquinas e equipamentos para bebidas com um portfólio de produtos que a colocam como referência no setor, tanto em âmbito nacional como internacional.

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